quinta-feira, 29 de maio de 2014

Porta Férrea, Maio 2014

Às vezes, somos literalmente apanhados entre duas das melhores fases da vida.

Na foto, recém-casados por entre os vivas da Phartuna.

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Soma e segue

Algures neste país, o meu ex-vizinho * deve estar zangado e infeliz. E assim é que está bem. (E tudo está bem quando acaba bem.)





* e outros

quinta-feira, 24 de abril de 2014

"Nós os dois andámos às voltas e voltas, até chegarmos novamente a casa."
Walt Whitman

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Futebol e vizinhança

Eu nem ligo nada a futebol. Mas hoje tinha que assinalar isto. (Acho que é a primeira vez na vida que falo sobre futebol num blog.) Tinha que assinalar esta vitória, e especificamente esta vitória sobre aquele outro clube. Há uns anos, morei numa outra casa, em que o meu vizinho do lado, um estudante de Medicina de "lá de cima", era desse outro clube. E não só era nosso rival, como era visceralmente anti-benfiquista: quando o Benfica perdia, nem que fosse com um clube estrangeiro, juntava outros vândalos iguais a ele e faziam uma festa naquele prédio que dava nojo. Mas, mutatis mutandis, a minha vida melhorou quando mudei de casa, e a minha vizinhança também mudou e melhorou (muito). Ontem à noite, não vi o jogo, mas senti muito a falta do meu vizinho de cima que deve estar de férias, pois esse sim, é um bom rapaz e assinala sempre todos os golos do Benfica, em todos os jogos, com grande estardalhaço e alegria. Deste vizinho eu gosto. (Quer dizer, não gosto dele quando leva para lá uma ou outra one-night-stand e se entusiasmam demais e perturbam o meu descanso. Aí, tenho que me chatear.) (Sim, eu sou a verdadeira empata-f***.) Conclusão: estou muito contente com o Benfica, sei involuntariamente de demasiadas coisas sobre a minha vizinhança, etc. e tal. Boa Páscoa a todos. Até um dia destes.

sexta-feira, 28 de março de 2014

Desconstruir, desorganizar

É assim o trabalho do Pieter Hugo. E, por aqui, gostamos dele. [E, diga-se de passagem, quem tem um destes dois nomes é sempre alguém especial.]
A interessante entrevista com o interessante fotógrafo sul-africano aqui.

segunda-feira, 3 de março de 2014

Mathew McQualquercoisa

Pode ser muito bom actor, ser altamente merecedor do prémio, pode ser um estrondo de testosterona em anúncios de perfumes, etc. Mas o discurso dele nos Óscares foi definitivamente algo muito semelhante ao de um vendedor de colchões ou de um pastor da IURD.

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

A galinha da minha vizinha (em versão tropical)

O nosso amigo “Tubarão”, soteropolitano dos quatro costados, é, como a própria alcunha indica, um rapaz que mete respeito (e neste momento deve andar “esquentando os tamborins” em preparação para o grande Carnaval na Bahia). Além disso, tinha digamos que... uma sensibilidade estética muito apurada, e costumava dizer de forma muito pausada: “É… Brasileira tem bunda e peito grande… Mas mulher bonita, bonita mesmo, tem é na Europa...” E, se o Tubarão dizia, quem éramos nós para contradizê-lo.

A sério, arranjem-lhe um terapeuta da fala

Há dias, a Judite de Sousa falou num acidente com três feridos. Mas é claro que disse "tdês fedidos".

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

I take it back

Afinal, enganei-me. A música mais deprimente de todos os tempos é a "Cinderela", do Carlos Paião.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Uma tour dos diabos

Sochi, afinal, está mais quente do que seria aconselhável para uns Jogos de Inverno.
E uma pessoa a pensar que no "Doze anos escravo" havia chicotadas a mais.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Tartan, baby! (2)

Ora, no seguimento do post anterior, o tartan está a ser uma das grandes tendências deste Inverno. Mas para mim não é só uma tendência, o tartan é um padrão que adoro e que desde sempre foi uma presença transversal no meu guarda-roupa, independentemente da época ou da ocasião (Tenho um bikini com padrão tartan, por exemplo. Um dia mostro. É melhor não.) Eis algumas das formas que ele tomou este ano: écharpe, mini-vestido e skinnies.

(Aqui, a legenda poderia ser: "O meu thigh gap é maior que o teu".)


("Sim, a minha mão direita está sempre pronta para segurar vela.")

(Um produto 100% lã de carneirinhos escoceses, comprado na minha Escócia.)

Tartan, baby!

Há quem vá à Escócia e volte de lá com a sensação de que os kilts são um mito. Pois eu venho provar que, na minha breve passagem por lá, surgiram tão abundantes que mereciam o registo. Cá ficam (algumas) provas de tantos e tão belos... padrões.






segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Não é assim que fazemos lá em Oz, Aussie, Down Under, ou whatever

Recentemente, num jantar, tivemos à mesa a Jennifer, a amiga de uns amigos – australiana de Melbourne, que estava em Portugal numa breve passagem.

A rapariga era super-simpática e até falava com o sotaque engraçado daquele tipo do Crocodile Dundee e tudo, mas infelizmente não estava acostumada aos códigos de conduta social latinos. Sempre que a Jennifer era apresentada a alguém fazia questão de avançar timidamente com a mão, para um cordial aperto de mão (polite and appropriate, diria eu). O problema é que nós, lusitanos expansivos e abrutalhados, ignorávamos instintivamente a teimosa mãozinha estendida, e lá lhe pregávamos todos dois beijos na cara (e éramos tantos, meu Deus).

Para a coisa ficar mais caricata, fomos todos chegando a conta-gotas, invariavelmente atrasados (à portuguesa), de modo que sempre que chegava alguém lá presenciávamos esta situação e lá invadíamos grosseiramente as fronteiras de espaço pessoal traçadas pela moça, e que ela tão a custo queria manter, coitada.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Chez Keith et Anita

Keith Richards e Anita Pallenberg, o suprasumo do cool em tempos idos. (Ela rodou os Rolling Stones quase todos, mas felizmente não teve o efeito Yoko Ono.)

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Não compreendo as pessoas que

não se desmaquilham antes de ir dormir.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Cheira bem

Ontem, numa formação, eu e alguns colegas ficámos a conhecer colegas de outra região. Um deles, mais novinho, aproximou-se de mim e de uma colega minha (solteira, cinquenta e tal anos, mas que vive sem gatos, felizmente para ela) e cumprimentou-nos. O rapaz não era nenhum Brad Pitt, mas tenho de admitir que tinha um perfume fabuloso. Depois, afastou-se, deixando atrás de si um rasto de cheiro divinal num raio de 30 metros. Também deixou a minha colega balbuciante, porque seguiu-se um diálogo um bocado surreal:

- Quem é este colega? - perguntei.
- Cheira bem. - foi a resposta que obtive.
- Está bem, mas como é que se chama?
- Cheira bem. - repetia ela, hipnotizada, com um brilho nos olhitos outrora mortiços.
(E continuo sem saber quem era o homem afinal.)

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

A chuva é uma doença incapacitante

Eu até gosto de chuva. Bastante. Mas muitos são os que se queixam da chuva à minha volta. A chuva põe as pessoas neuróticas, deprimidas, birrentas. E já se sabe, a chuva, para os portugueses, é uma maleita nacional, é uma doença incapacitante generalizada: ninguém faz nada por causa da chuva. Eu própria tenho tido uma vida social muito menos intensa desde que começou a chover há um mês e tal, porque os meus amigos recusam-se muitas vezes a sair da toca.

Perante isto, só me lembro do que eu costumava ouvir na minha querida Escócia, onde chove para aí 300 dias por ano (e nos restantes cai neve). Costumavam-me dizer os escoceses mais ou menos assim: Se nós parássemos a nossa vida de cada vez que chove, estávamos tramados.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

São assim, os homens

Uma pessoa pede-lhe para trazer geleia real. Ele traz Gelatina Royal.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Crimes em série

Então a RTP 2 exibiu a série "A Família Bellamy" aos sábados à tarde e ninguém deu por nada me disse nada?

Estado de espírito

Veruschka e David Hemmings no filme Blow-Up

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

D. Fátima Campos Ferreira, se quer conduzir um Prós e Contras abertamente contra a Praxe, talvez seja melhor não o fazer em Coimbra, pense lá bem nisso…

Eu estive ontem no Teatro Académico Gil Vicente para assistir em directo à emissão do debate Prós e Contras (foi uma odisseia, mas lá conseguimos ir). Valeu muito a pena, gostei muito, a discussão foi acesa e interessante.
[Contra a Fátima e a sua forma de “conduzir” debates e fazer “jornalismo” já nem me pronuncio, a aberração é tanta que, se fosse a falar, nunca mais saía daqui.]

Só vou referir duas coisas:
1) O momento apoteótico (ou apocalíptico?) da noite:
- Há quanto tempo faz parte do movimento anti-praxe? – pergunta Fátima (cheia de vontade de injectar confiança e pujança na sua interpelada).
- Há uma semana – responde a estudante anti-praxista.

2) Não há dúvida de que em Coimbra temos uma grande Academia, e eu tenho muito orgulho em ter feito parte dela (e é isto que falta a muita gente). Se querem acabar com a praxe acho que está mais do que provado que terão que começar por outros sítios, definitivamente não na Universidade de Coimbra.

Praxe: há que mudar tudo, para que tudo fique na mesma

Quanto às outras universidades não sei, mas será mesmo muito difícil desenraizar a Praxe da Universidade de Coimbra, por muito que se tente. Periodicamente, será preciso alterar/adaptar algumas coisas (o que é normal em qualquer instituição, veja-se, por exemplo, as transformações que o conceito de casamento sofreu ao longo de séculos). Mas vai mudar para ficar tudo na mesma, como diria D. Fabrizio em “O Leopardo”, esse grande clássico de Giuseppe di Lampedusa.

Uma pergunta simples: mas o que é ao certo que os radicais querem acabar na Praxe? É que, ao que sei, na maior parte das instituições de ensino superior, a praxe resume-se aos rituais de iniciação dos caloiros.
Mas, que eu saiba, a Praxe em Coimbra é um conceito muito mais vasto que envolve a possibilidade de:

- praxes de recepção aos caloiros;
- participar na iniciativa Queima Solidária;
- assistir às Serenatas Monumentais na Sé Velha (da Queima e da Latada);
- traçar a capa com solenidade aos primeiros acordes do fado na Serenata;
- participar em actividades da Semana Cultural e Desportiva da Queima das Fitas;
- participar na Bênção das Pastas;
- participar na Récita das Faculdades;
- participar/assistir à Regata Internacional da Queima;
- participar/assistir ao Sarau Cultural da Queima das Fitas;
- entrar na iniciativa da Venda da Pasta (que recolhe fundos para a instituição de solidariedade Casa de Infância Doutor Elysio de Moura);
- participar na Verbena (um lanche e um pequeno espectáculo organizado durante a Queima das Fitas pelos estudantes da Universidade destinado às crianças da Casa Elysio de Moura);
- juntar-se a um grupo de fados, e tocar e cantar nas ruas da Alta, à noite;
- ir à Garraiada;
- entrar no cortejo da Festa das Latas;
- ir ao Chá Dançante e ao Baile de Gala das Faculdades;
- fazer o baptismo do caloiro no Mondego;
- dar o nabo a morder aos caloiros no cortejo da Latada;
- na Latada pôr o Grelo na pasta, e na Queima usá-lo na lapela;
- viver as Queimas das Fitas (Noites do Parque, e não só);
- queimar o Grelo e pôr Fitas Largas;
- integrar trupes;
- levar cartola no último ano;
- construir o carro do curso para o desfile da Queima;
- integrar o Livro de Curso (a plaquete);
- ir no desfile dos carros da Queima das Fitas;
- fazer o rasganço.

(Para já não falar na possibilidade de se fazer parte de qualquer uma das dezenas de Secções desportivas e culturais da Associação Académica de Coimbra, ou de qualquer um dos seus Grupos Académicos e dos seus Organismos Autónomos).

Pois é. Tantas actividades que a Praxe envolve e que tão poucos (de fora) sabem… É com tudo isto que querem acabar? Bem, é capaz de ser uma tarefa um pouco mais difícil e morosa do que imaginam.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Mudando de disco

Que é como quem diz, de tema de conversa: o "Still Loving You" dos Scorpions é a música mais deprimente que o ouvido humano jamais experienciou, em todos os tempos. É uma espécie de holocausto auditivo: ouve-se e perde-se instantaneamente a vontade de viver. E, ainda assim, continua impunemente a fazer vítimas, assaltando uma pessoa desprevenida no rádio do carro.

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

E para os Unicórnios da AAC, não vai, nada, nada, nada?

Bem, no meio de acesas discussões sobre praxes que para aí andam, uma coisa é certa: ao contrário de muita gente por aí, que defende o Mundo com a cara zangada do Álvaro Cunhal ou coisa que o valha, a Praxe que vivi em Coimbra não me retirou o sentido de humor, nem fico amarga com este assunto (se alguma coisa a minha Academia me ensinou foi a ter sentido de humor): este post foi um bom clímax para o dia de hoje. Rir faz tão bem, pá!! E, como muito bem me disse a minha douta amiga: Unicórnios para nós!!!

Dossier praxe (4)

Outra coisa que me preocupa quando se fala em praxes: é que, às vezes, a abordagem é quase a mesma daquela que os paizinhos actualmente têm com os professores das suas crianças. Ninguém lhes pode dizer nada. Ninguém os pode repreender. Ninguém pode levantar-lhes a voz. Os meninos podem ficar traumatizados. Com os caloiros das universidades também. Ninguém lhes pode dar um berro, ou mandar fazer qualquer coisa (estou a excluir todas as situações aviltantes e afins, bem entendido), porque podem ser prejudiciais. Ora façam-me um favor: estamos a falar de gente adulta, certo?

Então, perante isto, só terei uma coisa a dizer: as novas gerações devem estar a ser super-protegidas ou coisa do género. Estão a formar-se gerações de pessoas a quem não se lhes pode dizer nada, que quebram como cristais, que são flores de estufa, desde o jardim infantil até ao ensino superior. Visto assim, uma praxe ainda deverá provavelmente ter a vantagem de ser a última experiência em que o caloiro sabe, com hora marcada, de antemão, que vai ter ali uma situação menos confortável. Porque, e digo-o com experiência, no mundo profissional, meus amigos, os berros dos chefes, as pressões dos patrões, as chatices e os golpes baixos dos outros colegas, não têm hora marcada: virão quando menos eles esperarem. Se nunca estiverem minimamente preparados, se nunca estiverem psicologicamente fortes, terão muito que aprender. A universidade também serve para isso: confrontar a pessoa com uma hierarquia (será a única forma de aprender a lidar com uma hierarquia? claro que não, mas dá uma ajuda), e prepará-la para o futuro.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Dossier praxe (3)

Em geral, penso que a praxe é injustamente vista de uma forma muito negativa. Isso deve-se, por um lado, porque muita praxe mal feita é feita em Lisboa. E, já se sabe, tudo o que é feito em Lisboa, é ampliado e grosseiramente generalizado para o resto do País. E em parte, deve-se também à comunicação social, que filtra totalmente a informação consoante o que lhe é mais conveniente (veja-se a TVI na reportagem da semana passada). É claro que os órgãos de comunicação social dão sempre mais ênfase às situações polémicas e problemáticas que as praxes acarretam, do que às praxes que se resumem a brincadeiras e convívio, razoáveis, saudáveis, divertidas e civilizadas, que fomentam a camaradagem e a integração do aluno na Academia (não é que não haja excepções, como tem acontecido em Coimbra, mas para isso é que há Conselhos de Veteranos). Obviamente, porque esta parcialidade interessa à comunicação social. É da mesma forma que, em algumas manifestações de estudantes, em vez de darem a palavra aos estudantes que tinham declarações pertinentes a fazer, só entrevistavam o estudante que tinha o garrafão na mão (que faz sempre as delícias de todos os repórteres, claro).

Dossier praxe (2)

Fico sempre aborrecida quando, volta e meia (e agora por causa do que sucedeu no Meco com estudantes universitários), surge a polémica das praxes e há sempre muita gente a sugerir a sua proibição. E cai-se invariavelmente nas generalizações fáceis e toma-se a parte pelo todo. Isto é, parte-se do princípio que as praxes são todas iguais (e são sempre más). Ora, as praxes não são todas iguais, e é sempre bom recordar isso.

Tenho imensos amigos que estudaram em Lisboa e em universidades ou institutos relativamente recentes, e compreendo perfeitamente que essas pessoas (sobretudo de Lisboa e arredores) abominem a praxe, e que a achem execrável. É lamentável, mas eu entendo-os. Porque aí, o que assistimos na maior parte das vezes, são praxes que foram forjadas, copiadas, imitadas, aplicadas sem regras e sem limites. São praxes com excessos, arbitrárias, selváticas e quase vingativas, até. Não têm nenhum objectivo, senão humilhar. Aliás, nem sequer tradição nem fundamento têm: não é por acaso que os abusos nas praxes são quase sempre em instituições que não têm qualquer tradição académica.

E aqui dou o bom exemplo (não é perfeito, mas ainda assim é bom) da Universidade de Coimbra. Eu fui estudante da Universidade de Coimbra, com muito orgulho e saudade, e a Praxe que eu conheço é a Praxe de Coimbra: a verdadeira, a genuína. E que não é por acaso é uma das mais civilizadas, tendo sido criada há centenas de anos com um propósito e um sentido (que continuam a existir): a integração. Tudo isto porque está devidamente regulamentada e limitada pelo Código da Praxe (o que sucedeu no Meco, por exemplo, nunca sucederia em Coimbra porque simplesmente nem sequer é permitida a praxe fora dos limites da cidade). E esse Código não é uma brochura agrafada e mal-amanhada, inspirada noutro documento: é uma coisa séria, que tem um propósito e que é para ser cumprida. (E eu sei que em outras instituições de ensino superior também assim é.)

Como tal, posso assegurar que defendo a Praxe porque ela pode ser entendida e vivida como algo de positivo e integrador. Foi assim que eu, e outros milhares de alunos, a vivemos. Portanto, sim, sou totalmente pela praxe, mas obviamente não pelas barbaridades que para aí proliferam. A este respeito, podem ler já agora, este post da minha amiga Andorinha, também ela antiga estudante de Coimbra, que sabe expor este assunto melhor que ninguém.

Dossier praxe

Ultimamente, e por causa do que aconteceu no Meco a alguns estudantes universitários, voltámos novamente ao debate das praxes, e surgiram, como sempre, vozes radicais a defenderem a sua abolição. Como eu sempre defendi a Praxe (mas não uma praxe qualquer, como já irão ver), vamos ter aqui um breve “Dossier praxe”. Podem participar à vontade, as diferentes opiniões são sempre bem-vindas, desde que respeitosas.

A RTP exibiu este fim-de-semana documentários sobre a praxe, nos quais predominavam as praxes descabidas e violentas (com excepção de uma trupe feminina em Coimbra, pacífica e ordeira), e a TVI, muito ao seu estilo, fez, na passada sexta-feira, aquilo a que chamou de uma “investigação”, que se resumiu a deixar transparecer que:

1) é “muito estranho” e quase “fanático” as alunas trajadas da Lusófona não poderem usar brincos, nem maquilhagem, nem anéis, nem sapatos com mais de três centímetros. 2) os rituais de praxe são “macabros” (salas escuras e gente a atirar-se para piscinas) 3) a praxe é uma coisa assustadora e negativa;

Vamos por partes. Pessoas, eu própria, juntamente com tantas dezenas de gerações de raparigas desde o início do séc. XX, seguimos a Praxe de Coimbra, e as regras para o traje feminino sempre foram exactamente as mesmas (ou seja, a Lusófona plasmou as suas regras a partir do Código da Praxe da Universidade de Coimbra). E, que eu saiba, nunca ninguém achou isto macabro ou sinistro ou prejudicial. A simplicidade ao envergar o traje serve para “uniformizar” os alunos e despojá-los de coisas supérfluas no momento de se exercer a praxe. Há alguma coisa de mal nisto? Não me parece. Qualquer grupo profissional ou desportivo ou qualquer organização ou colégio particular com uniforme/farda própria, ou até mesmo uma confraria, têm os seus modelos de vestuário padronizados. Servem para criar uma identidade de grupo. Que eu saiba, nunca ninguém morreu ou ficou traumatizado por usar sapatos com salto baixo (só se for por serem um bocado horrendos, e eu nisso admito que realmente não são a coisa mais fashion à face da Terra). :)

Pessoas, nada do que vi dos relatórios investigados pela TVI me soou a macabro ou sinistro: nada me surpreendeu, o que vi foram coisas absolutamente normais que há em qualquer grupo que tenha rituais de iniciação, pelo Mundo fora, desde a Maçonaria, passando pelas fraternities universitárias norte-americanas, até aos estudantes que pretendam entrar na Orxestra Pitagórica, por exemplo (e que eu saiba nenhum deles morreu) – qualquer sociólogo ou antropólogo consegue explicar isto. Eu própria segui o Código da Praxe de Coimbra durante vários anos, e nada disto foi alguma vez considerado estranho.

Por último, a praxe só é negativa e contra-producente se as pessoas envolvidas (os que a aplicam e os outros) a interpretarem e aplicarem de forma negativa e contra-producente. Tal como veremos nos próximos posts. (Continua)

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Às vezes, na Bahia, também chove

Mas é uma chuva quente e boa, que vem por bem. Uma boa opção é metermo-nos num tanque de banho romano com água a 38º graus. E relaxar, esquecer o mundo, sentir intensamente o momento.




quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

E o que é que a baiana tem?

Que tem como ninguém? Bem, eu não sei o que elas têm, nem o que a Carmen Miranda queria dizer com isto. Mas... cuidado que elas mordem! Isto é, quando fotografadas sem autorização… (Em Salvador, algumas baianas são modelos, e outras são pagas por lojas turísticas. Estas últimas são um doce de senhoras, mas às primeiras temos de pagar para tirarmos fotos com elas. E se não pagarmos...)




quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Mom and me time


Jared Leto, 42 anos (incrivelmente bem conservados), levou a sua mãe como acompanhante aos SAG Awards. Ambos surpreendem pelas suas belas melenas inesperadas.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

On the other side

"Across the broad continent of a woman's life falls the shadow of a sword. On one side all is correct, definite, orderly; the paths are straight, the trees regular, the sun shaded; escorted by gentlemen, protected by policemen, wedded and buried by clergymen, she has only to walk demurely from cradle to grave and no one will touch a hair of her head. But on the other side all is confusion. Nothing follows a regular course. The paths wind between bogs and precipices; the trees roar and rock and fall in ruin."



Viriginia Woolf

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

In the mood

Para viver um grande amor, preciso é muita concentração e muito siso, muita seriedade e pouco riso - para viver um grande amor (...) É preciso muitíssimo cuidado com quem quer que não esteja apaixonado, pois quem não está, está sempre preparado pra chatear o grande amor. Para viver um grande amor, na realidade, há que compenetrar-se da verdade de que não existe amor sem fidelidade. (Vinícius de Morais)

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Timeless

Se eu alinhasse numa daquelas polarizações a la Pedro Mexia, diria que o mundo se divide entre aqueles que nunca prescidiram de usar relógio de pulso, e aqueles que o substituíram pelo telemóvel. Eu pertencerei sempre aos primeiros.

Ai, Lord Gillingham, Lord Gillingham...

Até que enfim um inglês que não tem cara de copo de leite desenxabido. Ah, espera, não é inglês, é galês. É isso que faz toda a diferença.

Rise and shine

Ao fim-de-semana, este pequeno-almoço absolutamente delicioso (e saudável, é importante acrescentar) tornou-se o meu ritual. Até acordo com mais energia só de pensar nele.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Praia do Forte

O vilarejo de Praia do Forte, algures entre Guarajuba e Imbassaí, é dos sítios mais amorosos que eu conheci. Aliás, charmoso é a palavra certa. É muito charmoso, como dizem, e muito bem, os brasileiros. Faz lembrar uma pequena Sirmione em versão tropical e rústica. Tudo muito tranquilo e arrumadinho, ruazinhas pequenas, com muitas lojinhas tradicionais, restaurantes típicos, muita vegetação luxuriante, e a perene e reconfortante proximidade do mar.


As crianças jogam à bola na pracinha





Este grupo de pessoas, ao longe, está a deitar tartarugas pequenas ao mar: