terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Kadhafi

No liceu tínhamos um colega, mais velho, com algum estilo e muito rufia, cuja alcunha era Kadhafi. Usava um blusão de cabedal preto muito coçado, que ainda vinha dos anos 80, apesar de já estarmos na década de 90. Usava blusão, mas não era o Fonzie. Bom. Dizia eu que tinha esse colega, com essa alcunha. Portanto, tudo encaixa na perfeição. Ou seja, nós naquela altura já sabíamos que o regime ditatorial na Líbia ainda ia acabar em tempo útil, ou seja, enquanto fôssemos vivos. A alcunha do meu colega era um factor preditor (não confundir com Predictor aquele teste manhoso que nem sempre funciona). O que não sabíamos era que o senhor ainda iria desmentir a sua fuga para a Venezuela (certamente, para dar umas dicas ao Chávez sobre como ficar no poder por mais de 40 anos), sentado num carro, com a porta aberta, segurando um chapéu de chuva. Que isto, ditadorzinho sim, desprevenido em relação às intempéries climáticas é que nunca. Kadhafi. Continuo a achar um belo nome e uma bela alcunha. Tem carisma. Bonito, sim senhor.

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