sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

A galinha da minha vizinha (em versão tropical)

O nosso amigo “Tubarão”, soteropolitano dos quatro costados, é, como a própria alcunha indica, um rapaz que mete respeito (e neste momento deve andar “esquentando os tamborins” em preparação para o grande Carnaval na Bahia). Além disso, tinha digamos que... uma sensibilidade estética muito apurada, e costumava dizer de forma muito pausada: “É… Brasileira tem bunda e peito grande… Mas mulher bonita, bonita mesmo, tem é na Europa...” E, se o Tubarão dizia, quem éramos nós para contradizê-lo.

A sério, arranjem-lhe um terapeuta da fala

Há dias, a Judite de Sousa falou num acidente com três feridos. Mas é claro que disse "tdês fedidos".

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

I take it back

Afinal, enganei-me. A música mais deprimente de todos os tempos é a "Cinderela", do Carlos Paião.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Uma tour dos diabos

Sochi, afinal, está mais quente do que seria aconselhável para uns Jogos de Inverno.
E uma pessoa a pensar que no "Doze anos escravo" havia chicotadas a mais.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Tartan, baby! (2)

Ora, no seguimento do post anterior, o tartan está a ser uma das grandes tendências deste Inverno. Mas para mim não é só uma tendência, o tartan é um padrão que adoro e que desde sempre foi uma presença transversal no meu guarda-roupa, independentemente da época ou da ocasião (Tenho um bikini com padrão tartan, por exemplo. Um dia mostro. É melhor não.) Eis algumas das formas que ele tomou este ano: écharpe, mini-vestido e skinnies.

(Aqui, a legenda poderia ser: "O meu thigh gap é maior que o teu".)


("Sim, a minha mão direita está sempre pronta para segurar vela.")

(Um produto 100% lã de carneirinhos escoceses, comprado na minha Escócia.)

Tartan, baby!

Há quem vá à Escócia e volte de lá com a sensação de que os kilts são um mito. Pois eu venho provar que, na minha breve passagem por lá, surgiram tão abundantes que mereciam o registo. Cá ficam (algumas) provas de tantos e tão belos... padrões.






segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Não é assim que fazemos lá em Oz, Aussie, Down Under, ou whatever

Recentemente, num jantar, tivemos à mesa a Jennifer, a amiga de uns amigos – australiana de Melbourne, que estava em Portugal numa breve passagem.

A rapariga era super-simpática e até falava com o sotaque engraçado daquele tipo do Crocodile Dundee e tudo, mas infelizmente não estava acostumada aos códigos de conduta social latinos. Sempre que a Jennifer era apresentada a alguém fazia questão de avançar timidamente com a mão, para um cordial aperto de mão (polite and appropriate, diria eu). O problema é que nós, lusitanos expansivos e abrutalhados, ignorávamos instintivamente a teimosa mãozinha estendida, e lá lhe pregávamos todos dois beijos na cara (e éramos tantos, meu Deus).

Para a coisa ficar mais caricata, fomos todos chegando a conta-gotas, invariavelmente atrasados (à portuguesa), de modo que sempre que chegava alguém lá presenciávamos esta situação e lá invadíamos grosseiramente as fronteiras de espaço pessoal traçadas pela moça, e que ela tão a custo queria manter, coitada.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Chez Keith et Anita

Keith Richards e Anita Pallenberg, o suprasumo do cool em tempos idos. (Ela rodou os Rolling Stones quase todos, mas felizmente não teve o efeito Yoko Ono.)

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Não compreendo as pessoas que

não se desmaquilham antes de ir dormir.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Cheira bem

Ontem, numa formação, eu e alguns colegas ficámos a conhecer colegas de outra região. Um deles, mais novinho, aproximou-se de mim e de uma colega minha (solteira, cinquenta e tal anos, mas que vive sem gatos, felizmente para ela) e cumprimentou-nos. O rapaz não era nenhum Brad Pitt, mas tenho de admitir que tinha um perfume fabuloso. Depois, afastou-se, deixando atrás de si um rasto de cheiro divinal num raio de 30 metros. Também deixou a minha colega balbuciante, porque seguiu-se um diálogo um bocado surreal:

- Quem é este colega? - perguntei.
- Cheira bem. - foi a resposta que obtive.
- Está bem, mas como é que se chama?
- Cheira bem. - repetia ela, hipnotizada, com um brilho nos olhitos outrora mortiços.
(E continuo sem saber quem era o homem afinal.)

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

A chuva é uma doença incapacitante

Eu até gosto de chuva. Bastante. Mas muitos são os que se queixam da chuva à minha volta. A chuva põe as pessoas neuróticas, deprimidas, birrentas. E já se sabe, a chuva, para os portugueses, é uma maleita nacional, é uma doença incapacitante generalizada: ninguém faz nada por causa da chuva. Eu própria tenho tido uma vida social muito menos intensa desde que começou a chover há um mês e tal, porque os meus amigos recusam-se muitas vezes a sair da toca.

Perante isto, só me lembro do que eu costumava ouvir na minha querida Escócia, onde chove para aí 300 dias por ano (e nos restantes cai neve). Costumavam-me dizer os escoceses mais ou menos assim: Se nós parássemos a nossa vida de cada vez que chove, estávamos tramados.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

São assim, os homens

Uma pessoa pede-lhe para trazer geleia real. Ele traz Gelatina Royal.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Crimes em série

Então a RTP 2 exibiu a série "A Família Bellamy" aos sábados à tarde e ninguém deu por nada me disse nada?

Estado de espírito

Veruschka e David Hemmings no filme Blow-Up

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

D. Fátima Campos Ferreira, se quer conduzir um Prós e Contras abertamente contra a Praxe, talvez seja melhor não o fazer em Coimbra, pense lá bem nisso…

Eu estive ontem no Teatro Académico Gil Vicente para assistir em directo à emissão do debate Prós e Contras (foi uma odisseia, mas lá conseguimos ir). Valeu muito a pena, gostei muito, a discussão foi acesa e interessante.
[Contra a Fátima e a sua forma de “conduzir” debates e fazer “jornalismo” já nem me pronuncio, a aberração é tanta que, se fosse a falar, nunca mais saía daqui.]

Só vou referir duas coisas:
1) O momento apoteótico (ou apocalíptico?) da noite:
- Há quanto tempo faz parte do movimento anti-praxe? – pergunta Fátima (cheia de vontade de injectar confiança e pujança na sua interpelada).
- Há uma semana – responde a estudante anti-praxista.

2) Não há dúvida de que em Coimbra temos uma grande Academia, e eu tenho muito orgulho em ter feito parte dela (e é isto que falta a muita gente). Se querem acabar com a praxe acho que está mais do que provado que terão que começar por outros sítios, definitivamente não na Universidade de Coimbra.

Praxe: há que mudar tudo, para que tudo fique na mesma

Quanto às outras universidades não sei, mas será mesmo muito difícil desenraizar a Praxe da Universidade de Coimbra, por muito que se tente. Periodicamente, será preciso alterar/adaptar algumas coisas (o que é normal em qualquer instituição, veja-se, por exemplo, as transformações que o conceito de casamento sofreu ao longo de séculos). Mas vai mudar para ficar tudo na mesma, como diria D. Fabrizio em “O Leopardo”, esse grande clássico de Giuseppe di Lampedusa.

Uma pergunta simples: mas o que é ao certo que os radicais querem acabar na Praxe? É que, ao que sei, na maior parte das instituições de ensino superior, a praxe resume-se aos rituais de iniciação dos caloiros.
Mas, que eu saiba, a Praxe em Coimbra é um conceito muito mais vasto que envolve a possibilidade de:

- praxes de recepção aos caloiros;
- participar na iniciativa Queima Solidária;
- assistir às Serenatas Monumentais na Sé Velha (da Queima e da Latada);
- traçar a capa com solenidade aos primeiros acordes do fado na Serenata;
- participar em actividades da Semana Cultural e Desportiva da Queima das Fitas;
- participar na Bênção das Pastas;
- participar na Récita das Faculdades;
- participar/assistir à Regata Internacional da Queima;
- participar/assistir ao Sarau Cultural da Queima das Fitas;
- entrar na iniciativa da Venda da Pasta (que recolhe fundos para a instituição de solidariedade Casa de Infância Doutor Elysio de Moura);
- participar na Verbena (um lanche e um pequeno espectáculo organizado durante a Queima das Fitas pelos estudantes da Universidade destinado às crianças da Casa Elysio de Moura);
- juntar-se a um grupo de fados, e tocar e cantar nas ruas da Alta, à noite;
- ir à Garraiada;
- entrar no cortejo da Festa das Latas;
- ir ao Chá Dançante e ao Baile de Gala das Faculdades;
- fazer o baptismo do caloiro no Mondego;
- dar o nabo a morder aos caloiros no cortejo da Latada;
- na Latada pôr o Grelo na pasta, e na Queima usá-lo na lapela;
- viver as Queimas das Fitas (Noites do Parque, e não só);
- queimar o Grelo e pôr Fitas Largas;
- integrar trupes;
- levar cartola no último ano;
- construir o carro do curso para o desfile da Queima;
- integrar o Livro de Curso (a plaquete);
- ir no desfile dos carros da Queima das Fitas;
- fazer o rasganço.

(Para já não falar na possibilidade de se fazer parte de qualquer uma das dezenas de Secções desportivas e culturais da Associação Académica de Coimbra, ou de qualquer um dos seus Grupos Académicos e dos seus Organismos Autónomos).

Pois é. Tantas actividades que a Praxe envolve e que tão poucos (de fora) sabem… É com tudo isto que querem acabar? Bem, é capaz de ser uma tarefa um pouco mais difícil e morosa do que imaginam.