sexta-feira, 30 de março de 2012

quinta-feira, 29 de março de 2012

Eu não pedia mais nada na vida




Só queria que voltasse a haver nas estações de comboio aqueles senhores que carregavam malas, como antigamente. Recuperar este tipo de serviços e esta extinta classe profissional era uma boa forma de fomentar o emprego, podia passar a haver empresas subcontratadas que fornecessem, generalizadamente e a preços low cost, estes pequenos serviços, nas estações, aeroportos, rodoviárias. Era contribuir para o holístico fim do bem-estar social. E, sim, para poupar a minha pobre coluna.

terça-feira, 27 de março de 2012

Ambientadores

(Quem é que não conhece esta arvenzinha diabólica?)





E agora, assuntos sérios. Eu creio firmemente que a utilização de ambientadores nos carros (e a intensidade do cheiro dos mesmos) deveria ser regulamentada por dura legislação. É que não há nenhum que não seja agoniante ao ponto de tornar a circulação rodoviária letal: se uma pessoa não morrer de acidente de viação, morre, com certeza, asfixiada.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Vestidos de culto - Parte VI












































2012 é ano de Olimpíadas










O príncipe Frederik e Mary Donaldson. O rei Carl Gustav e a (então futura) rainha Silvia (née Sommerlath). Os primeiros em Sidney, 2000. Os segundos em Berlim, 1972. Dois casais que se conheceram por ocasião dos Jogos Olímpicos.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Todos sabemos que a Camilla Parker-Bowles é uma arrasa-corações



Estes soldados foram fotografados anteontem, na Noruega, aquando da visita do Príncipe Carlos e da sua esposa, Camilla, àquele país. Como se pode ver, um deles não aguentou a emoção.

Free rider

Não faço greve. Não é que não queira. É porque não posso. Mesmo. Os meus colegas também queriam fazer. E não fazem. E, lá está, teoricamente todos podemos. Mas na prática, não podemos coisa nenhuma, não adianta sermos românticos. Em dias de greve o problema do Free Rider vem sempre ao de cima.

Jeronimoooooooo







Preconizam duas posições políticas antagónicas, dois extremos, patronato e proletariado, e um nome que os une: Jerónimo. Foi o que me lembrei em dia de greve geral. Isto, e mais uma coisa que já falo a seguir.

Casa da Sorte



Nestas coisas do amor não há nada que tenha a ver com mérito nem, muito menos, com justiça, nem com nada que tenha um pendor valorativo. Tem apenas a ver com o acaso, com a aleatoriedade dos factos, com a inevitável serendipidade. Em suma, tem tudo a ver com a sorte. Ou com a falta dela.

"Jolies yeux, jambes courtes"



La Reine Margot (1994), de Patrice Chéreau.

À minha espera


Clicar nas imagens para ampliar. Ou não. Whatever.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Ainda o Inverno



Agora que a Primavera veio para ficar [fingers crossed], recordemos as minhas grandes aliadas dos fins-de-semana deste Inverno, que foram as botas Lula Brown da MIISTA (descobertas no blog fashionista da espanhola Mireia, que é um dos meus preferidos de sempre). Paixão à primeira vista, por serem mesmo muito altas e terem pormenores originais.



4 em 1

Acho sempre imensa graça aqueles homens que, assumidamente, procuram uma mulher que tenha o corpo da Claudia Schiffer, o cérebro do Albert Einstein, o coração da Madre Teresa de Calcutá e, já agora, se não for pedir muito, as competências domésticas da Martha Stewart.
Acho graça. E tenho imensa pena deles.

terça-feira, 20 de março de 2012

A passividade portuguesa



Para quem é tomado por alguma perplexidade sociológica sobre a falta de capacidade de protesto, de indignação e de mobilização do povo português, em comparação com a de outros países na actualidade, eis um artigo interessante, do Público de 11/03/2012:


Nesta segunda-feira faz um ano que milhares de portugueses saíram à rua. E depois? Para onde foi a indignação? Uma historiadora, um sociólogo, um psicanalista e um activista arriscam respostas

Há um ano, o país levou uma bofetada. Milhares de pessoas (cerca de 300 mil, segundo a polícia; mais de 500 mil, diz a organização) saíram à rua para protestar contra a precariedade que lhes foi imposta. O apelo à mobilização correu célere no Facebook, com alguns jovens até então anónimos a conseguirem aquilo que nenhum sindicato e nenhum partido haviam conseguido. Um ano depois, para onde foi tanta indignação? "Está paralisada pelo medo e pela estupefacção", responde Joaquin Estefanía, ex-director do diário espanhol El País, para quem o medo foi transformado numa arma de controlo social (ver entrevista na página ao lado).

Dizendo-se "atónita com tanta passividade" portuguesa, a historiadora Irene Flunsel Pimentel concorda que as pessoas estão "amedrontadas, aterrorizadas e desorientadas, sobretudo porque não vêem nenhuma luz ao fundo do túnel". "As que ainda têm emprego têm medo de o perder mas também não sabem muito bem o que fazer", explica, para, no jogo das diferenças com as reacções à crise nos outros países, atirar culpas à herança deixada por Salazar. "A Espanha e a Grécia tiveram tremendas guerras civis, com milhares de mortos, e isso acaba por se inscrever no código genético das populações. Nós tivemos um ditador que viveu sempre com o apoio de uma parte da população, não se pode dizer que subsistiu apenas através da repressão. Não havia liberdade, mas havia aquela pessoa que zelava pela nossa segurança, que não nos deixava cair na miséria total e que nos habituou a pensar que os outros é que mandam em nós".

O psicanalista Coimbra de Matos também alude à sensação de que nada se pode contra o que está a acontecer para explicar o que tem mantido a indignação portuguesa no reduto doméstico. "Somos um povo passivo, sem aquilo a que os ingleses chamam empowerment, de pessoas habituadas a não ter poder nas suas mãos, e suponho que isso deva algo à ditadura. Esta, sendo relativamente suave - não era como em Espanha, que matava muito mais -, apelava à capacidade de conformação dos portugueses e usava métodos que não suscitavam uma reacção tão maciça e tão discordante". Temos assim todo um país mergulhado numa "depressão patológica, que ?? uma reacção à perda e a um sentimento de injustiça, mas que, no caso português, não comporta a revolta e até acredita que a culpa é um bocado nossa, porque vivemos acima das nossas posses".

Numa leitura diferente, o sociólogo e político Augusto Santos Silva sustenta que a indignação se domesticou porque perdeu o alvo directo. "A actuação política em Portugal tornou-se exógena. Com a celebração do pacote de ajuda financeira, a capacidade de actuação autónoma do Governo diminuiu radicalmente aos olhos da opinião pública; logo, as acções reivindicativas deixaram de ter tantas condições de atingir os seus objectivos".

Inquestionável é que se a revolta que há um ano saiu à rua não assumiu entretanto contornos de violência, não é porque as perspectivas tenham melhorado. Ao contrário. O desemprego galgou entretanto até aos 14%: 770 mil pessoas sem trabalho. Se olharmos só para os sub-25, são 30,7% os desempregados. É a terceira maior taxa da UE. O resto é o que se sabe. A perpetuação dos contratos a prazo a assumir letra de lei, os estágios sem remuneração, a instabilidade dos recibos verdes a adiar o futuro. Mas os jovens não estão mais à rasca que os outros. A manifestação de há um ano, porque mobilizadora de todas as idades, mostrou-o. Havia pensionistas de pensões congeladas, logo sem dinheiro para a conta dos medicamentos. Havia famílias sobretaxadas, nomeadamente pelo medo de deixarem de conseguir pagar a casa. Sublinhem-se, a propósito, as 670.637 famílias que chegaram ao fim de 2011 a não conseguir pagar os empréstimos aos bancos.

Ovídio foi o meu mestre (2)




"[Mulheres] fugi dos homens que ostentam a sua elegância e beleza e que nunca têm um cabelo fora do lugar. O que agora vos dizem já o disseram muitas vezes; o seu amor é vagabundo e não se prende a nenhum lado."



Ovídio, em "A Arte de Amar", ano 1 da era cristã.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Ataque de Asma



Asma al-Assad, mulher de Bashar al-Assad, o presidente da Síria, diz que afinal, lá em casa, é ela a verdadeira ditadora. Seria bom que, se assim fosse, usasse o seu suposto poder autocrático para parar com a situação dramática em que o seu povo está há tanto tempo. Mas parece que encomendar joias em Paris é mais urgente que evitar massacres.

Mães de Bragança





As mulheres dos meus amigos de longa data, excelsas esposas e extremosas mães de suas proles, ficam com muitos nervos quando eles saem à noite com o meu grupo de amigas do tempo de faculdade.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Por causa de carros e pessoas, às vezes





Havia a levíssima embriaguez de andarem juntos, a alegria como quando se sente a garganta um pouco seca e se vê que por admiração se estava de boca entreaberta: eles respiravam de antemão o ar que estava à frente, e ter esta sede era a própria água deles.
Andavam por ruas e ruas falando e rindo, falavam e riam para dar matéria peso à levíssima embriaguez que era a alegria da sede deles.
Por causa de carros e pessoas, às vezes eles se tocavam, e ao toque - a sede é a graça, mas as águas são uma beleza de escuras - e ao toque brilhava o brilho da água deles, a boca ficando um pouco mais seca de admiração.
Como eles admiravam estarem juntos!





Clarice Lispector

quinta-feira, 15 de março de 2012

Golpe de Estado

Parece que o Otelo anda para aí a dizer que o que era preciso em Portugal era um golpe de Estado. Por mim, tudo bem. Pode ser que até tenhamos a sorte incrível de, um dia destes, ao ligarmos o rádio, podermos ouvir o Grândola Vila Morena em vez da desgraçada da Adele a ganir pela milionésima vez que vai encontrar someone like you.

Fuck Mercury






Young Adult (2011), de Jason Reitman.




SANDRA: What happened to your dress? [MAVIS cries.] I’m sorry. Did I say something wrong ? Shit. What’s wrong? What did I say?
M AVIS: I have a lot of problems.
SANDRA: Can’t you get a new dress?
MAVIS: It’s really difficult for me to be happy. And then… for other people it seems so simple. You know. They just grow up and they’re so… fulfilled.
SANDRA: I don’t feel fulfilled. And frankly, If you don’t feel fulfilled with all the stuff that you have…
MAVIS: I need to change, Sandra.
SANDRA: No, you don’t. You’re the only person in Mercury who can write a book, or wear a dress like that. Everyone here is fat and dumb.
MAVIS: Don’t say that. I mean, you think so?
SANDRA: Everyone wishes that they can be like you. You know, living in the big city, being famous and beautiful and all that.
MAVIS: I’m not really a famous.
SANDRA: You know. Special or whatever. I mean, when I have a slow shift at work, I’ll seat and think about you, in your cool appartment, doing stuff. It seems really nice.
MAVIS : Yeah. But most of the people here seem so happy with so little. It’s like they don’t seem to care to what happens to them.
SANDRA : That’s because it doesn’t matter what happens to them. They’re nothing. Might as well die. Fuck Mercury.
MAVIS : Thank you. Wow. I needed that. You’re right. This place blows. I need to go back to Minneapolis.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Ovídio foi o meu mestre



"Jovens belezas, a multidão convém-vos. Encaminhai com frequência os vossos passos para fora da vossa casa. (...) uma mulher deve mostrar-se em público; pode ser que na multidão ache a quem seduzir. O acaso tem um papel importante em todas as coisas; lança o anzol em águas onde penses que não há peixes e achá-los-ás."



Ovídio, em "A Arte de Amar", ano 1 da era cristã.





(Públio Ovídio Nasão foi uma grande figura literária da Roma Antiga, que nasceu no ano 43 antes de Cristo. Publicou "A Arte de Amar" no ano 8 da era cristã. Um pequeno livrinho cujo texto, apesar de ter sido escrito há dois mil anos, revela ser, na sua essência, muitíssimo actual. E, em algumas partes, chega mesmo a ser muito engraçado. Recomendo vivamente.)

Disparidade de critérios



Estou tão chateada que só me apetece comprar este Anthony Vaccarello para LaRedoute, pela módica quantia de 99 €.

terça-feira, 13 de março de 2012

Jovem adulta



"Jovem Adulta", de Jason Reitman (2011).




Ora aqui está um filme que todos os homens à volta dos quarenta anos foram ver por causa da Charlize Theron, e que, na verdade, é realmente muito bom. Para além de confirmarmos que os anos 90 foram espectaculares e que a Mavis Gary (a personagem de Charlize Theron) também ouvia 4 Non Blondes e hoje usa botas Ugg, impõe-se dizer que este argumento de Diablo Cody (do filme “Juno”) está muito bem construído.
Mavis Gary é uma mulher de 37 anos que, atravessando uma crise pessoal e profissional, quer à viva força recuperar aquele que considera que foi o auge da sua vida: a popularidade que tinha no liceu, na sua pequena cidade natal. Como tal, tenta tudo para conquistar o ex-namorado da altura, Buddy Slade, que agora está… casado e tem uma filha de poucos meses. A certa altura, o amigo Matt pergunta a Mavis: “Porquê o Buddy?”. E ela responde: “Porque ele conheceu-me quando eu estava no meu melhor.
Eu não diria bem que isto é uma comédia dramática, como foi classificada, mas sim um magnífico drama atravessado por toques de um humor seco e subtil, com uma história que gira em torno de duas pessoas: Mavis Gary e o seu antigo colega de liceu, Matt Freehauf. Eles são a antítese um do outro, e ele, no liceu, movia-se nos antípodas do círculo social dela. Mas em comum têm o facto de, em virtude de vicissitudes pouco agradáveis na vida de cada um, se agarrarem ao que foram no passado e não conseguirem viver o presente e as perspectivas de futuro como eles devem ser vividos.
Este é, enfim, um filme sobre as expectativas em relação ao que se deve ter conquistado na vida até uma determinada idade, e sobre a possibilidade de reformular essas expectactivas quando elas ainda não estão cumpridas. Até porque não somos todos iguais e, no caso da Mavis, nem todos temos de ter como referência os horizontes pouco vastos de uma pequena cidade do interior – ideia que transparece de um dos diálogos decisivos do filme, entre Mavis e Sandra Freehauf, a irmã de Matt.
Em suma, e embora levada ao extremo, a Mavis Gary somos todos nós sempre que atravessámos uma pequena/grande crise nas nossas vidas. Seja aos 21, aos 37 ou aos 53 anos. Quem, numa fase menos boa da vida, nunca cedeu ao canto da sereia de reviver o “brilho” de um bom momento do passado? Quem nunca sentiu o apelo irresistível, nem que fosse por momentos, de imaginar o que poderia ter acontecido se tivéssemos feito outras opções, vivido noutros lugares, ter escolhido ficar com outras pessoas? Mavis Gary somos todos nós de vez em quando. Ou, pelo menos, uma vez na vida.
Gostei muito deste filmezinho, é muito interessante e proporciona algumas reflexões. Recomendo.

sexta-feira, 9 de março de 2012

The Help

"As Serviçais", de Tate Taylor (2011).



Já vi este filme há imenso tempo mas, agora, correndo o risco de ser vaiada e insultada em praça pública, vou confessar finalmente uma coisa. Gostei de "The Help". Muito bom filme, enredo razoável, consistente, comovente, história verídica, direitos humanos, História americana recente, conflito racial, discriminação, há excelentes interpretações, muito boa recriação de uma época.

Mas, eh pá... valia mesmo a pena todo aquele sururu em volta do filme? Eu acho sinceramente que não.

Buçaco





Enquanto as férias são ainda uma longínqua miragem, eu aposto sempre em breaks de fins-de-semana, para retemperar forças. Como tal, hoje que é sexta-feira deixo-vos com uma sugestão: o Palace Hotel do Bussaco, ou simplesmente um passeio no Buçaco. Reparem, filhos, que tanto um como outro têm selo-de-qualidade-Zozô. É um cenário muitíssimo romântico, com direito a hotel de conto de fadas, 5 estrelas (num palácio do início do séc. XX que era residência de férias da família real), jardins maravilhosos, floresta encantada (com fontes naturais, sem cogumelos mágicos), ar puro, tranquilidade, excelente gastronomia. Fazei um favor a vós próprios e ide lá, ide. Asinha, que se faz tarde.















































quinta-feira, 8 de março de 2012

Rain woman




Eu tenho saudades e preciso e gosto e adoro dias de chuva. Quero chuva.

Testosterona de luxo #28

Alain Delon



(Já todos tínhamos saudades de uma testosteronazinha de qualidade, não é, amiguinhos? Neste caso, actualmente, é testosteronazinha já um pouco fora de validade, mas as fotos não envelhecem, felizmente.)

quarta-feira, 7 de março de 2012

Durmo com os anjos, durmo nas nuvens, durmo o sono dos justos



Durmo num colchão novo. E é ma-ra-vi-lho-so. Parece que estou a dormir num suave leito de rosas, embalada por lânguidas ondas dos mares do Sul e a ouvir delicados sons de cítaras tocadas por anjos. (Pronto, não será bem assim, mas acreditem que é fixe que se farta, pá.)



Mas, como nada na vida é perfeito, o único senão é que é bastante alto, e agora preciso de um guindaste para me içar. Ou que me peguem ao colo e depois me joguem lá para cima, como um fardo de palha. (Ai, tenho mesmo de deixar-me destes romantismos intensos.) A parte boa é que sou um peso-pluma, que não quero cá criar hérnias na coluna de ninguém. Bom, em algumas pessoas até queria. Mas não era na coluna. Hum.