quinta-feira, 8 de março de 2007

8 de Março de 1857

Sou profundamente contra o dia da mulher, que existe tal como existe o dia do insuficiente renal, da criança, do deficiente e do idoso. Ou seja, grupos ou minorias frágeis ou socialmente fragilizados para os quais é preciso chamar a atenção na defesa dos seus interesses. Como as mulheres não são nada disto, nem vale a pena dizer mais. A luta contra certas desigualdades que persistem faz-se todos os dias, na prática. Não num só dia, com execráveis florzinhas que insistem em oferecer-nos por aí.
Mas este dia não deixa de ser importante como facto histórico e social:
Neste dia, no ano de 1857, as operárias têxteis de uma fábrica de Nova Iorque entraram em greve, ocupando a fábrica, para reivindicarem a redução de um horário de mais de 16 horas por dia para 10 horas. Estas operárias que, nas suas 16 horas, recebiam menos de um terço do salário dos homens, foram fechadas na fábrica onde, entretanto, se declarara um incêndio, e cerca de 130 mulheres morreram queimadas. Em 1910, numa conferência internacional de mulheres realizada na Dinamarca, foi decidido, em homenagem àquelas mulheres, comemorar o 8 de Março como "Dia Internacional da Mulher".

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