Há dois tipos de pessoas. As que enfrentaram sinuosidades diversas por causa de outros, e aquelas abençoadas que, felizmente, tiveram percursos afectivos aplanados, pulcros, pouco acidentados. Estas últimas são insípidas, ao passo que aquelas outras têm sempre mais textura, mais densidade, são mais tangíveis e mais reais.
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
terça-feira, 17 de janeiro de 2012
C & C
quinta-feira, 12 de janeiro de 2012
2012 - Année neurotique
Já o grande Gainsbourg foi arauto, no ano da graça de 1969, dando-lhe o epíteto de "69 - Année erotique".
Para mim, o nosso 2011 foi o ano "2011 - Année eurotique", com a crise do euro na berlinda.
Este ano que agora começa vai ser "2012 - Année neurotique", não se iludam, porque é desta que vamos pifar de vez.
(Perdoem-me o pessimismo forjado, mas é que são trocadilhos tão irresistíveis.)
O novo acordo ortográfico e a mini-saia
Quando uma mini-saia era uma mini-saia.
Ainda não aderi ao novo acordo ortográfico. Ando a resistir até mais não poder. Tal como com a transição para a TDT, que ainda não me dignei a comprar o adaptador e o diabo a sete, e há-de ser como a ultilização do euro como moeda, em 2002, em que fiquei fiquei até à última a usar escudos. (Que querem? Eu tenho cá os meus anacronismos. O euro não me parecia dinheiro de verdade, parecia dinheiro dos jogos da Majora, ou coisa que o valha. E reparem como sou visionária, aquilo já me cheirava a prenúncio de que, dez anos depois, o euro iria enfrentar uma crise destas).
Anyway, com o novo acordo ortográfico, a palavra mini-saia passa a ser escrita minissaia. Acho isto um absurdo. Fica maior a palavra do que a saia.
terça-feira, 10 de janeiro de 2012
segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
O pão nosso de cada dia
Ao ouvir ontem que (mais) um autocarro de adeptos de um clube de futebol português tinha sido apedrejado por adeptos adversários, e tendo constatado, horas antes, que o estádio onde tinha decorrido o jogo estava cheio (em tempo de crise), só me ocorreram as palavras do sábio Norbert Elias. O futebol, entre outros fenómenos sociais, é um interessante dispositivo de controlo social, sendo, simultaneamente, um reflexo das tensões sociais e um mecanismo atenuante das mesmas. Só isso explica que toda aquela gente jovem não utilize a energia transbordante que tem, por exemplo, para se mobilizar contra a classe política miserável que a governa ou contra toda a série de medidas injustas que tem vindo a sofrer na pele. Não. É sempre mais giro aplicar a fúria e o entusiasmo destrutivo no imediatismo de apedrejamentos e insultos num contexto pseudo-desportivo. Porque afinal de contas é o futebol que lhes põe o pão na mesa, com certeza.
Ca(belo)
sexta-feira, 6 de janeiro de 2012
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