Olhando, desconcertado, para o mouse do computador:
- Eh pá, o meu rato morreu.
Ela, tranquilamente, sem levantar os olhos da sua tarefa:
- Deixa lá, a montanha há-de parir outro.
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
Lispector gadget
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
Denominador comum
Karlie Kloss, Kasia Struss, Karolina Kurkova, Gia Coppola, Alexa Chung e mais umas quantas. Somos tão poucas, pá.
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012
terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
Amigas do peito
Algumas amigas minhas (muito poucas ainda) começaram a procriar. E, concomitantemente, também a amamentar. [Pausa dramática.]
Posto isto, lá chegou o dia em que tive de ouvir delas, na primeira pessoa, histórias dessa odisseia maravilhosa que é o processo de amamentação. Como tal, tenho assistido a relatos de delícias múltiplas acerca da transcendental ligação mãe-filho, mas infelizmente também ando a assistir a um cenário mais sangrento que o da 2ª Guerra Mundial. É que aquelas encantadoras histórias são paralelas a narrações sangrentas de mamilos mordidos, gretados, ensanguentados, obstruídos, com pus, em chaga, e ainda caídos. Leram bem, mamilos caídos, despregados do sítio original, como um fruto maduro que caíu da árvore, com a diferença que não é sumarento e doce, mas sim sanguinolento e amargo, resultante de uma ferida.
Ora bem. Isto também estaria tudo muito bem, porque isto é uma coisa que lhes acontece a elas, às minhas amigas, e é uma cena que não me assiste a mim. Infelizmente, deixa-me muito impressionada, e, para grande perplexidade minha, todos estes relatos são algo contraditórios porque, por um lado, há muitas delícias e por outro há demasiado sangue e dor e pus, que são coisas a modos que pouco deliciosas. E no meio de tudo isto, as minhas amigas tentam ter um discurso convincente, que ter os mamilos naquele estado deplorável é uma alegria muito grande, e eu sempre muito perplexa e a só querer os meus no sítio certo, intactos e de preferência suaves ao toque, e não louca de alegria com a possibilidade de hipotecar a delicada integridade deles às mãos (ou à boca) de neófitos inclementes.
E pronto, hoje é só isto, minha gente. Estou muito impressionada, e espero ter-vos impressionado também, porque eu cá não gosto de sofrer sozinha. Vão pela sombra.
Posto isto, lá chegou o dia em que tive de ouvir delas, na primeira pessoa, histórias dessa odisseia maravilhosa que é o processo de amamentação. Como tal, tenho assistido a relatos de delícias múltiplas acerca da transcendental ligação mãe-filho, mas infelizmente também ando a assistir a um cenário mais sangrento que o da 2ª Guerra Mundial. É que aquelas encantadoras histórias são paralelas a narrações sangrentas de mamilos mordidos, gretados, ensanguentados, obstruídos, com pus, em chaga, e ainda caídos. Leram bem, mamilos caídos, despregados do sítio original, como um fruto maduro que caíu da árvore, com a diferença que não é sumarento e doce, mas sim sanguinolento e amargo, resultante de uma ferida.
Ora bem. Isto também estaria tudo muito bem, porque isto é uma coisa que lhes acontece a elas, às minhas amigas, e é uma cena que não me assiste a mim. Infelizmente, deixa-me muito impressionada, e, para grande perplexidade minha, todos estes relatos são algo contraditórios porque, por um lado, há muitas delícias e por outro há demasiado sangue e dor e pus, que são coisas a modos que pouco deliciosas. E no meio de tudo isto, as minhas amigas tentam ter um discurso convincente, que ter os mamilos naquele estado deplorável é uma alegria muito grande, e eu sempre muito perplexa e a só querer os meus no sítio certo, intactos e de preferência suaves ao toque, e não louca de alegria com a possibilidade de hipotecar a delicada integridade deles às mãos (ou à boca) de neófitos inclementes.
E pronto, hoje é só isto, minha gente. Estou muito impressionada, e espero ter-vos impressionado também, porque eu cá não gosto de sofrer sozinha. Vão pela sombra.
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012
Óleo de fígado de bacalhau
O óleo de fígado de bacalhau é, como todos sabemos, uma desgraçada fatalidade que, um dia, mais tarde ou mais cedo, se cruza ou cruzou com a nossa infância, num cruzamento digamos que amargo e inesquecível, mas, felizmente, penso que também à luz de uma questão geracional.
A minha geração, felizmente, escapou por um triz a essa fatalidade com intenso sabor a entranhas de peixe podre, e conheceu-a apenas já sob a forma de xaropes com aroma ou, maravilha das maravilhas, sob a forma limpa e inócua de cápsulas. O problema, meus amigos, reside agora na gestão (e não necessariamente na ingestão) da cápsula. Que pode ser muito infeliz e dramática, digo-vos já.
Para vos poupar a descrições escatológicas de sabores hediondos (a questão do peixe podre, lá está), vou só aconselhar-vos a não (in)gerirem a cápsula como se fosse um rebuçado, deixando-a derreter e tomarem contacto com o líquido, como eu inadvertidamente fiz. Posto isto, nem sei como não encontramos o óleo de fígado de bacalhau naquelas exposições de instrumentos de tortura, porque enfiar aquilo pelas goelas abaixo acho que pode ter um diabólico potencial persuasivo. Os nossos avós tinham razão, aquele óleo é, de facto, o demónio para quaisquer papilas gustativas.
A minha geração, felizmente, escapou por um triz a essa fatalidade com intenso sabor a entranhas de peixe podre, e conheceu-a apenas já sob a forma de xaropes com aroma ou, maravilha das maravilhas, sob a forma limpa e inócua de cápsulas. O problema, meus amigos, reside agora na gestão (e não necessariamente na ingestão) da cápsula. Que pode ser muito infeliz e dramática, digo-vos já.
Para vos poupar a descrições escatológicas de sabores hediondos (a questão do peixe podre, lá está), vou só aconselhar-vos a não (in)gerirem a cápsula como se fosse um rebuçado, deixando-a derreter e tomarem contacto com o líquido, como eu inadvertidamente fiz. Posto isto, nem sei como não encontramos o óleo de fígado de bacalhau naquelas exposições de instrumentos de tortura, porque enfiar aquilo pelas goelas abaixo acho que pode ter um diabólico potencial persuasivo. Os nossos avós tinham razão, aquele óleo é, de facto, o demónio para quaisquer papilas gustativas.
Vestidos de culto - Parte V
Ora, tardou mas aqui vai o primeiro post do ano desta série frívola, e penso que não começamos mal. Um sortido muito variado de vestidos de noite, para todos os gostos e feitios. Eu não me consigo decidir por nenhum porque adoro todos (embora o Emilio Pucci da Diane Kruger e o Versace da Charlize Theron - 5º e 7º a contar de cima - apelem muito ao meu fútil e perdulário coração). Dream on.
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