domingo, 31 de janeiro de 2010

Oh God, why did You curse me with this face?



I do not want to end up like Vivien Leigh.

Marketing grátis

Venho a saber por terceiros que certas pessoas - com quem tenho laços de amizade muito antigos - dizem tão bem de mim (claramente turvadas pelo carinho que me têm ou pelo grau de alcoolémia do momento) que chega a ser comovente. Ou seja, vendem tão bem o produto, que espero que, mais tarde, não os denunciem à DECO por publicidade enganosa.

Noite de poker

Dou por mim a pensar que, em questões sentimentais, o truque, no fundo, é também saber ir dizendo check ao longo do tempo, sem sair do jogo, até que tenhamos a grande e improvável sorte de um royal flush.

Cinema dos antípodas (3)










Bright Star (2009)


Jane Campion, uma vez mais.

sábado, 30 de janeiro de 2010

Um blogue com comentários

Equilíbrio de forças

Quando o aspecto exterior é um íman, pode usar-se a personalidade como um filtro.

Cortes orçamentais

Há um pequeno país onde os cortes nas despesas começam sempre na função pública, nunca começam pelo desbaste das mordomias e privilégios da classe política.

Se os membros do Governo fossem de metro para os seus gabinetes, todos os dias, como na Suécia, poupava-se que era um encanto. Ah, mas é claro. Os países escandinavos são países muito estranhos, onde há ministras que se demitem porque se descobriu que não pagaram à babysitter dos seus filhos, há não sei quanto tempo atrás. Gente mesmo muito esquisita.

Ternura

Lady Chatterley (2006)

"Ele possuiu-a docemente e sentiu um fluxo de ternura que partia das sua entranhas e se transmitia à mulher, os dois em estado de paixão.

E compreendeu que era aquele o seu dever: um contacto terno com ela, sem que nada do seu orgulho, da sua dignidade e integridade de homem fosse afectado."

O Amante de Lady Chatterley, D.H. Lawrence (1928)

Mau perder

Lido muito mal com o fracasso. Se entro numa coisa, é para ganhar. Se acontecer o contrário, claro, não faço as figuras do John McEnroe. Mas fico chateada.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Mas antes isso do que loba em pele de cordeiro

Indicaram-me uns tops feitos de tecido muito fino, que se moldam ao corpo na perfeição, adequados ao exercício físico, e que, no país de origem, lhes chamam "pele da loba".

No vestuário feminino, tal como na vida, há ironias muito boas.

Tool omri bahebbak

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Sintomas de privação

Há muito tempo, quando ouvia alguém falar sobre uma actividade ou desporto que praticava e de como isso o/a fazia esquecer-se dos problemas, abstrair e aguentar tudo o resto, eu ficava indiferente.
Uma vez fiquei um mês sem ir às aulas de dança. Já não consigo passar uma semana.

Na terra do Bob


Não, aqui não me senti Iron like a Lion in Zion. Apenas um tanto nauseada com a ondulação do barco.
Os autóctones também não são o máximo. Deve ser da colonização britânica. Deixa sempre resíduos.

Amizade em diferentes quadrantes

Os meus amigos do Bloco são tão engraçados. Mais ainda que os meus amigos de extrema direita, que fazem romarias à terra natal do Salazar. Isto, porque os primeiros nunca desistem de quererem fazer da vida uma coisa asséptica, mais cinzenta que uma cidade do Leste em Janeiro, nos tempos da Cortina de Ferro.
Já me habituei a evitar palavras como "pretos", "ciganos", "maricas", etc. quando estou com eles. Agora, opinarem sobre destinos de férias é que não.

A igualdade e a tolerância começam com as práticas (e não tanto com o vocabulário). E, nisso, estou com absoluta consciência tranquila, porque tenho-as como princípios fundamentais de cidadania.

Aliás, o essencial (nunca me canso de dizer) é a coerência entre as práticas e as convicções.

Portanto, aconselho a esquecerem as férias burguesas dos outros durante um belo passeio na Coreia do Norte. Lá é que se deve estar bem.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Mas foi bom rever Keanu Reeves, Winona Ryder, Monica Belluci e Julianne Moore (com spoiler)

As Vidas Privadas de Pippa Lee (2009)
Sim, esperava que fosse (um bocadinho melhor), que sou cinéfila exigente, e que o final não fosse tão previsível (ups, aqui está o spoiler).

domingo, 24 de janeiro de 2010

E voltamos aos ciclos viciosos




Acordar, depois da festa



Aperta o gatilho

Vais ver que não dói nada.

Estratégias militares e (que se lixe) abordagens amorosas

Ao contrário destes, acho que será sempre melhor ser a força obsidiante do que estar do lado dos sitiados.




sábado, 23 de janeiro de 2010

Lisa Ekdahl VS Herbie Hancock

Sim, eu já sei que há jazz para gajas e jazz para gajos.
E não posso fazer nada, porque nasci com cromossomas XX e não me dá jeito nenhum agora substituir um deles por Y.

Eh pá, foi a melhor solução terapêutica que encontrei

Já que não deu resultado ouvir 7653652 vezes a Diana Krall a gemer o "How can you meand a broken heart".

Camuflagem urbana

Perguntam-me como é que, tendo já viajado tanto, nunca tive grandes peripécias que costumam acontecer a turistas.
Pois é precisamente isso. Tento não parecer turista, para não ser enganada por taxistas, roubada nos preços, etc. E é por isso que vêm sempre falar comigo nos idiomas locais dos países onde vou.
Não tem truque nenhum. Gabardine e sabrinas em França, saia comprida e écharpe leve sobre o cabelo em países muçulmanos, trapos muito estilosos em Itália, 3 quilos de maquilhagem na cara em Espanha, and so on, and so on.
É tudo uma questão de nos camuflarmos com as paisagens humanas.

Voodoo people

Já não ia a um concerto de música muito pesada há muitos anos (aburguesei-me e comecei a usar sapatos altos e assim).
Mas tinham-me falado daquilo de tal maneira que, quando entrei na sala do concerto imaginava que me ia deparar com um cenário dantesco, preparei-me para entrar a antecâmara da morte, e pensei, ao passar pela revista dos seguranças, "Vou morrer, adeus mundo cruel".
No fim, adorei, e realço apenas a fauna muito diversificada que afluíu ao concerto, e que os miúdos de hoje em dia ouvem os mesmos grupos que eu ouvia, na minha adolescência nos meados dos anos 90.
Enfim, foi como quando andei de metro à noite em Praga ou quando entrei num bairro pobre em Havana. Toda a gente me prevenia para não ir e mesmo assim dei um passo em frente, e fui.
Deixem lá de me meter medo, pá.

O Meu Fabuloso Destino

Não sei por que raio tenho a triste sina de, por onde passo, espalhar a sorte e a felicidade aos outros. Não a mim, a outras pessoas. É como se tivesse o dedo de Midas, mas sem ser em termos materiais.
Infelizmente, não, o meu nome não é Amélie Poulain. Essa, pelo menos, no fim foi recompensada.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Teoria da Utilidade Marginal

Nos rudimentos da aprendizagem das ciências económicas (*cof, gasp, blherc*) aprendemos, de acordo com esta teoria, que há uma determinada utilidade adicional que se consegue com o consumo de uma quantidade adicional de um determinado bem.

Quando aprendi isto na faculdade, ainda não suspeitava que esta lei também se pode aplicar com sucesso às alturas em que estamos demasiado tempo com alguém que não gramamos.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Metáforas

Brincar às escondidas é perigoso. Mas não tanto quanto jogar à cabra cega.

Um bocadinho bipolar

Ir numa noite de Dezembro ver os Prodigy e, na seguinte, o Lago dos Cisnes.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Hips don't lie

Há só dois tipos de raparigas. As medíocres, e as que aceitam (estes) desafios.

Um dia perfeito



















começa com sentir o frio lá fora e o cheiro a café, e a ouvir Ella Fitzgerald e Louis Armstrong no dueto I've got my love to keep me warm.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Chanel (parte II)

Uma aparência doce e frágil, que esconde uma personalidade tenaz e durona, que, por sua vez, esconde uma inesperada fragilidade.

(Somos tão poucas.)

Boy












Coco Avant Chanel (2009)

Gabrielle "Coco" Chanel começou a vida num orfanato, foi para Paris cantar em cabarets com a irmã, e, ainda muito jovem, teve um amante mais velho através do qual conheceu um jovem aristocrata britânico, Arthur "Boy" Capel, que veio a ser um dos grandes amores da sua vida. Ele era casado. E morreu prematuramente na sequência de um acidente de automóvel.

Sempre preferi histórias verídicas às ficcionadas. As vidas dos outros também não são perfeitas.

domingo, 17 de janeiro de 2010

Still got it


(Em compensação do que escrevi no post abaixo),

O melhor que há em ir ver os meus amigos Keith Flint e Maxim Reality ao Pavilhão Atlântico, é, para além de passar duas horas aos pulos, ainda colher piropos de garotos com quase metade da minha idade.

I'm NOT a head turner in CPH*

Coisa que começou por me irritar solenemente. Mas, como há que assumir os nossos fracassos com (algum) humor, depois, deu-me para filosofar sobre os dinamarqueses, esses gajos de sangue aguado de cuja virilidade comecei a duvidar seriamente, como aconteceu aqui, aqui e aqui.
*Com os devidos direitos de autora e dedicado à Luna.

Work hard, play (very, very) hard

sábado, 16 de janeiro de 2010

De Paris, com glamour (não, não ia dizer "com amor")


Place des Vosges, perfeitas simetrias numa tarde perfeita de sábado, em Setembro último, esse mês que foi (quase) perfeito.

A onda que se ergueu no mar

Podia ser música, Tom Jobim, bossa nova, mas é apenas um desejo (frustrado).

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Filosofia de ponta, ou o segredo da vitória (Post reeditado)

Aqui que ninguém nos ouve, e enquanto os olhares masculinos se demoram na foto do lado, deixo um pequeno apontamento.
Toda a mulher - no matter idade, peso ou estado civil - devia ter um conjunto destes ou similar. Nada daqueles "girinhos" da Oysho ou da Women's Secret, é mesmo destes luxuriantes, exuberantes. Mesmo que mais ninguém veja (se virem, tanto melhor).

Da Victoria's Secret (o conjunto da foto é um dos meus preferidos). É caro. Óbvio que é. Mas a auto-estima, poder e elegância que dois magníficos trapos (sem contar com as asas) destes podem dar não têm preço.

Por exemplo, haverá coisa mais sexy que ler a Crítica da Razão Pura de Immanuel Kant ou a Fidelidade Feminina de Soren Kierkegaard envergando um adorável deux-piéces como o da fulana desta foto? Não há.
(A menos que sejam, filosoficamente, fãs da dialéctica hegeliana. Aí, haja paciência, não há Victoria's Secret que vos valha.)

Podem consultar mais colecções da VS aqui.
Os leitores do sexo masculino podem saber mais sobre Kierkegaard aqui.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Nobel

Mas o que é que ele (já) fez, afinal?

Bem merecido foi o de Prémio de 2003, isso sim, ou não fosse a Shirin Ebadi mulher, iraniana e gaja de força.

domingo, 3 de janeiro de 2010

Descaramento e eterno retorno

Como quem não quer a coisa, volto a escrever no blog, com a maior cara de pau. Reactiva-se o blog, retomam-se catarses, recomeça-se. Uma e outra vez. Não era o Nietzsche que falava no eterno retorno? Esse cabrão não fazia ideia do quanto isto custa (e demora).

O fim da pausa

Após quase dois anos de pausa: para, entre outras coisas, terminar uma tese, preparar a defesa e enfrentar o júri, passar pela Jamaica, fazer uma mudança de casa, e, claro, ainda arranjar tempo para um sortido de desventuras sentimentais várias.