A grande virtude da natureza humana é ao mesmo tempo o seu mais esmagador dilema. É este de querermos sempre mais. A permanente insatisfação, a inquietude, o desassossego.
Depois de alcançada uma etapa, um estádio da vida, irrompemos para outro.
Estamos sossegados nos 9 meses de vida intra-uterina, e algo nos empurra para fora. Estamos um ano no berço ou no colo e não descansamos enquanto não damos os primeiros passos.
E por aí fora. Numa espécie de sucessão insana de pequenas teses-antíteses-sínteses hegelianas.
Queremos sempre um pouco mais. Reféns desta condição. E é por ela que estamos vivos. Queremos sempre um pouco mais.
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