domingo, 27 de fevereiro de 2011

Voyage a trois

Tive a fabulosa ideia de planear uma viagem à Suíça com mais dois amigos de longa data. Eles são porreiros, bons rapazes, vai ser génial et super.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Eclipse

A amizade supõe um mínimo de coerência, continuidade e estabilidade. Mesmo que, naturalmente, depois conduza a afastamentos. Não se deve tolerar bipolaridades "dexterianas" de emotividade exaltada e dedicação exclusiva, seguidas de fases em que se ignora totalmente o outro.

Têm-me falado de pessoas que têm aquela característica irritante/fascinante, de, num momento se dedicarem por completo a um amigo, dão-lhe toda a atenção, fazem dele o centro do mundo, como se fossem o Sol a derramar luz, e depois cansam-se rapidamente e desaparecem, dedicando-se a outros interesses. Ou seja, eclipsam-se, como o Sol. Passados uns tempos, essas "pessoas-Sol" lembram-se que o amigo existe, e tudo é belo de novo, até que se sucede nova fase de fastio, novo eclipse, e o ciclo eterniza-se.

Tenho pena de quem fica "dependente" do brilho das "pessoas-Sol", que afinal não são amigas de ninguém a não ser delas próprias. São o Sol e esperam que os outros gravitem em torno delas, como satélites idiotas. Reflectem instabilidade, são inconstantes, e, em última instância, são infantis ou imaturas (coisas paras as quais reservo Tolerância Zero).

Nunca gostei destas pessoas. Felizmente elas também não costumam gostar de mim, pelo que não nos incomodamos uns aos outros.

Ring of fire

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

As saudades que eu tinha dos rapazes William Lawson's

No rules, great scottish

Creio que, agora sim, de forma ilustrativa, pictórica, incontestável e irrevogável, se compreende por que sou fã dos homens do Norte Europeu.

Há certos homens (e nenhum deles é lusitano, garanto-vos) que, tendo uma aparência perfeitamente normal de man next door, reúnem um cocktail de beleza, charme, elegância, e sensualidade, que resulta num belíssimo resultado.

Gerard Butler, nascido em Glasgow, 41 anos (belíssima idade), na semana passada, na entrega dos BAFTA em Londres. Louvemos o frio da Escócia, que enrijece.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

(Des)Empata

Mesmo sem estar na nossa natureza sermos precipitados, tudo tem um limite. As coisas ou são ou não são. Se são, ponderamos e assumimo-las. Se não são, segue-se em frente e não se perde mais tempo. Odeio meias palavras e contemporizações. Odeio o chove não molha. Odeio o nem fode nem sai de cima.

Já os colonizámos. Agora colonizam-nos eles


Esta invasão de turistas e viajantes brasileiros pela Europa deixa-me muito aturdida. Por um lado, impressiona-me muito como para eles conhecer o Velho Continente é brincadeira de miúdos. Percorrer dois mil quilómetros em três dias é canja. Passam por dez países num mês, e comem trajectos de Madrid a Vladivostock aopequeno-almoço (perdão, "tomando café da manhã").

Por outro lado, se há uns dez anos a sua presença parecia-me pouco mais que residual, agora vêm em barda, em hordas, aos magotes, em todo o lado. Suspeito levemente que estarão, em segredo, a planear uma vaga de colonização.

Até aqui, tudo bem. Mas quando estamos habituados a estar num país estrangeiro e a falar em português relativamente à vontade (leia-se gozar com quem me apetecesse e, eufemisticamente, soltar algumas palavras feias), ficamos com pena que este idílico cenário de livre expressão seja cada vez mais impossível.

É que uma pessoa vai descansada na sua vida, nos arredores do Rijksmuseum, mas ouve: "Paulão, álá o bondinho que tá vindo!", subimos o Monte Aerópago e somos bombardeados com "Nossa, tá vendo a Acrópole que bonitinha?", descansamos numa esplanada noNihavn e ouvimos ao lado "Pô cara, esses caras não sabem fazer comida,não!", descemos a escadaria do Sacré Coeur e somos assaltados com: "Vovó, não me vai cair dessas escadas, viu?".

Enfim. Tenho de passar a ter mais cuidado quando falo fora de Portugal. Mas antes os omnipresentes brasileiros que a gutural gritaria dos espanhóis.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Kadhafi

No liceu tínhamos um colega, mais velho, com algum estilo e muito rufia, cuja alcunha era Kadhafi. Usava um blusão de cabedal preto muito coçado, que ainda vinha dos anos 80, apesar de já estarmos na década de 90. Usava blusão, mas não era o Fonzie. Bom. Dizia eu que tinha esse colega, com essa alcunha. Portanto, tudo encaixa na perfeição. Ou seja, nós naquela altura já sabíamos que o regime ditatorial na Líbia ainda ia acabar em tempo útil, ou seja, enquanto fôssemos vivos. A alcunha do meu colega era um factor preditor (não confundir com Predictor aquele teste manhoso que nem sempre funciona). O que não sabíamos era que o senhor ainda iria desmentir a sua fuga para a Venezuela (certamente, para dar umas dicas ao Chávez sobre como ficar no poder por mais de 40 anos), sentado num carro, com a porta aberta, segurando um chapéu de chuva. Que isto, ditadorzinho sim, desprevenido em relação às intempéries climáticas é que nunca. Kadhafi. Continuo a achar um belo nome e uma bela alcunha. Tem carisma. Bonito, sim senhor.

Viseu & outras coisas doces



De um fim de semana de Inverno frio em Viseu, uma pessoa pode extrair os seguintes doces despojos: belíssima impressão acerca da nova Pousada de Viseu (antigo convento agora recuperado com muito charme e qualidade); doces típicos da região na pastelaria Almeida ("viriatos" e "rotundinhas", com especial preferência pessoal pelas segundas) e um livro adquirido nabela Livraria Pretextos (espaço muito agradvável) com um doce desconto de 10%. O livro "O Grande Gatsby", que não só me proporcionará belos serões de leitura como depois me vai levar a ver o homónimo clássico do cinema.


Tudo coisas docemente doces, portanto.

A perfeição

A romena Nadia Comaneci foi a primeira atleta a receber 10 pontos do júri nos Jogos Olímpicos, na modalidade de ginástica artística.
Era tido como "impossível" receber a pontuação máxima, pelo que os mostradores electrónicos onde eram exibidas as pontuações não estavam preparados para um número com dois dígitos. Assim, nos écrans da sua classificação final apareceram vários "1.0".
O mundo nunca está muito bem preparado para a perfeição.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Arcaboiços de luxo #24 e #25



Bradley Cooper e Jon Kortajarena, arcaboiços de luxo.

Uma dupla testosterona de luxo, ao melhor estilo de David Linch com a dualidade Louro/Moreno (ou, Marco Paulo e os seus dois amores, como preferirem), constituída por dois arcaboiços bem capazes de pôr qualquer mulher a andar numa fona. Tudo vocábulos que eu aprendo com a Andorinha. :)

Metáfora do puzzle

Imaginem que têm um puzzle de muitas peças. Imaginem que já conseguiram, com muito trabalho e paciência e tempo, montar o puzzle todo. As peças encaixam, a imagem que forma é muito bonita, há ali harmonia, e muito esforço empregue no resultado final.
Agora imaginem, que, apesar de tudo, vos falta uma peça, precisamente no meio do puzzle. Uma única peça. Uma só. Mas que, sem ela, o puzzle não fica completo, é impossível disfarçar, aquela peça é fundamental para o equilíbrio da imagem e para completar tudo. Mas vocês procuram e procuram a peça e não a encontram.
Tentam disfarçar a lacuna no puzzle mas não conseguem. Procuram a peça em todo o lado, mas não aparece. Perguntam a alguém se viram a peça, mas ninguém viu, ninguém sabe, aliás, ninguém vos ajuda a encontrá-la. Pelo contrário, pessoas há que só vos dificultam a procura da peça. O que é que se faz sem o raio da peça?

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Pessoas-quadros


Há aquelas pessoas que, infelizmente, são como quadros impressionistas. Ao longe são cativantes, parece que há ali harmonia, as cores atraem. Mas, ao aproximarmo-nos, quanto mais de perto as observamos, mais nos apercebemos de que ali só há traços grosseiros, sem sentido, sem coerência. Sem harmonia nenhuma, afinal.

Panda



Uma pequena sugestão para os homens (que vão marcar taaaaaantos pontos graças aqui à Zozô). Tenham um desmaquilhante nos vossos viris e másculos apartamentos. You know. Just in case. Não gostam de acordar ao lado de um panda, pois não?

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Táctil

Passar suavemente a palma das mãos pela cabeça rapada de um homem é a melhor sensação táctil que existe (ok, pode haver outras, mas, hum, agora não me estou a lembrar).
Sugiro sempre a todos os rapazes que conheço que rapem o cabelo uma vez por outra. É terapêutico passar-lhes, literalmente, a mãozinha p'lo pêlo.

Hoje apetecia-me voltar a (Roma)



(E a Milão. E a Scirmione. E a Veneza. E a Sienna.)

E sentar-me outra vez na scalinata di Spagna, de frente para a fontana della Barcaccia, num dia de muito sol. E depois dar um passeio até à Villa Borghese.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

O veneno Shopenhauer e o antídoto Victoria´s Secret

Para combater o pessimismo de Shopenhauer, minhas amigas, só mesmo duas omnipotentes peças Victoria's Secret, enquanto se lê a "Metafísica do Amor".

Vamos lá deixar de ser um país discreto





Para passarmos a ser um país de beleza esmagadora e exuberante, convenientemente divulgada pelo mundo fora. Tenho a certeza de que somos capazes, não somos?
Conhecem este país?

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Verão McQueer, perdão, McQueen



Colecção Primavera Verão 2011 Alexander McQueen


Só temos de venerar gente que, de um esboço a lápis de carvão e um bocado de tecido, faz obras de arte.

"Penso nisso amanhã"


A melhor frase de sempre, agora também disponível em formato de bolso, para maior conforto no uso diário.

É por pequenas coisas como esta que eu gosto tanto do The Sartorialist


domingo, 13 de fevereiro de 2011

Siga a marinha



Vi este filme em 2003. O que à partida era, para mim, mais uma estopada americana, um blockbuster aparatoso na forma e vazio no conteúdo, fez-me mudar ligeiramente de opinião e reconhecer-lhe algum valor.

Realizado por Peter Weir ("Clube dos Poetas Mortos") revela uma sensibilidade inesperada para um filme onde só aparecem duas mulheres, ao longe, como figurantes. À partida reunia todas as condições para eu não gostar de o ver. A acção passa-se quase integralmente num barco, e tem uma óbvia vertente beligerante predominante. Todo o elenco é masculino. Há uma presença feminina apenas intuída uma vez numa carta ("My dearest Sophie...") do "capitão Aubrey" (Russell Crowe), que humaniza (e romantiza levemente) esta personagem que se quer dura, audaz e viril.

Mas não é só isto. A sublime escolha de peças musicais clássicas, como uma das das sete Suites de Bach na banda sonora. O duelo "homem de acção, bélico" / "homem de ciência, reflexivo, ético") personificado pelo capitão e pelo médico. A asfixia e as tensões de quem está fechado no mar durante meses. A maravilhosa incursão às Galápagos, numa espécie de evocação darwiniana avant la lettre (a acção situa-se em 1805). O rigor da reconstituição histórica. A formação dos jovens oficiais (a presença de crianças/adolescentes no barco introduz um elemento lúdico, dramático e doce). Tudo isto faz um filme que, sem ser magnífico, está perto de o ser.

Este filme é exibido em aulas de pós-graduações de Gestão pela vertente de estratégia (nas tácticas militares) e é incluído na formação de oficiais das Forças Armadas pelos exemplos de liderança. Acho bem. E ainda por cima, tem todo o universo estético da Marinha, que faria suspirar qualquer uma das irmãs Bennett. E do que eu gosto mesmo, admitamos, é do "Mr. Pullings" (James D'Arcy).

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Abdicar, literalmente


Substantivo masculino

Cabelo revolto, barba por fazer, lábios entreabertos.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Os homens são a melhor coisa do mundo

Acredito profundamente na amizade entre homens e mulheres. Talvez por ter alguns bons e verdadeiros amigos homens. Aliás, creio mesmo que os nossos melhores amigos são homens (afinal, não são os bobis).
Uma das coisas que louvo nos homens (amigos do sexo masculino, entenda-se) é o omnipresente humor. Contundente, ácido e inteligente, o humor deles é inevitável e contagiante, mesmo quando estou triste.
Gosto da forma pura, simples e directa com que abordam os assuntos, e do modo como desdramatizam problemas. Gosto do orgulho ufano que exibem quando vão ao meu lado na rua (em vez da rivalidadezinha desnecessária que as mulheres deixam transparecer).
Gosto das conversas neutras sobre cinema, música, actualidade ou puras trivialidades, que muitas vezes descambam e baixam de nível de forma tão divertida e ternurenta -- em vez das eternas lamechices das mulheres, a queixarem-se dos (des)amores, a falarem mal dos homens em geral e de outras mulheres em particular.
Até as discussões com os rapazes são melhores: no dia seguinte eles desarmam-me com o seu sorriso de quem já esqueceu as exaltações da altercação (tão diferente dos eternos amuos e ressentimentos femininos).
Enfim. Gosto tanto dos meus amigos que chego a ter saudades dos seus modos abrutalhados, das grosserias das conversas, e... dos idiotas em que eles se transformam quando vêem futebol.
Os (meus) homens são mesmo a melhor coisa do mundo. Make my day.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Nefertiti rulezzz, Osíris rulezzz




Façam o favor de ouvir Rafael Perez Arroyo, "Ancient Egypt - Music of the Age of the Pyramids", que são simplesmente os grandes hits musicais que os Antigos Egípcios ouviam, as músicas que faziam abanar o esqueleto das amigas da Cleópatra e que animavam os bailes lá do
delta, à beira-Nilo, naqueles belos tempos bíblicos.

Ah, e tal, porque é uma música que é uma seca, e oh Zozô que isto não dá pica e não dá pra dançar, e não sei que mais (foi o que me disseram).

Pois. Façam como quiserem. Depois não digam que não avisei, porque da forma como aquilo anda no Egipto, não vai sobrar pedra sobre pedra naquele deserto, e aquela gente há-de estragar tudo. Não pensem que as Pirâmides, a Esfinge e o podre, perdão, pobre Tutankamon vão sair incólumes, sem um arranhãozinho, porque não vão.

E depois só os vão poder ver nos manuais de História do 7º ano dos vossos filhos. Oiçam a música, mas é.

Reservatório térmico



Existirão sempre na memória certos Verões que são como reservatórios que acumulam calor, para aquecerem dias gélidos vindouros.

Uma espécie de endless summer mental.

Bens de luxo



Sou uma pessoa coerente. Considero como coisas dignas de devoção tanto um vestidinho de seda Karen Millen como um pão tradicional do Alentejo, um queijo do Rabaçal ou uma morcela de arroz.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

As propinas do senhor reitor


Parece que está na ordem do dia, o assunto. Há tanto tempo que não via estas imagens, parece que foi ontem que passaram nos jornais, na televisão e na Forum Estudante, quem não se lembra da Forum Estudante naquela época. E desde que escrevi este post e revi algumas fotos, que me apetecia escrever isto, com ou sem Deolinda, de quem eu nem sequer gosto nem um pouco. "Não pagamos". As propinas, a PGA, eu sei lá. Tão querida, a geração rasca.

Bon chic, bon genre


A Clémence Poésy é uma actriz francesa que interpreta muito bem principalmente os papéis que lhe são atribuídos em termos de estilo e de moda. Em primeiro lugar, tem muita elegância. Tem aquele indefinível chic francês. Claro que tem um estilo e uma figura que muitos homens (e as tontas adolescentes) costumam desprezar -- porque “não é muito revelador”. Mas deixemos de parte a brutalidade boçal de uns e de outras.




Não tem o estilo puro e minimalista da moda norte-americana, não tem o arrojo irreverente da moda londrina, não tem a sensualidade colorida da moda italiana. Tem um estilo elegante, refinado, delicado, discreto e muito feminino. Em suma, não é para quem quer é so para quem pode. E é por isso que aprecio as lições de estilo e elegância que esta jovem costuma dar.

Le discours du roi


Ou, a minha anglofilia ao rubro. (Porque podemos admirar muito uma nação, sem necessariamente gostarmos dela.) Gostei do filme. É um filme interessante, acima de tudo com um elenco de elevadíssima qualidade: Guy Pearce, Michael Gambon, Jennifer Ehle, a maravilhosa Helena Bonham Carter que veste na perfeição a pele da Rainha Elizabeth, Geoffrey Rush, e claro, o nosso amigo "Mr. Darcy".

E esta anglofilia deve ser coisa que me ficou impregnada desde que,
muito cedo, lia Enid Blyton, e ficava fascinada com as aventuras
daquelas miúdas que, apesar de serem internadas no colégio com um certo
desprendimento dos pais, e rodeadas da frieza e sarcasmo das
professoras, mesmo assim, conseguiam divertir-se, infringir (algumas)
regras e dar boas lições de lealdade e de firmeza de carácter. E eu,
fascinada, perguntava-me porque é que, no meu colégio, não havia nada
disso.

Bom. Ide ver este filme, que eu recomendo. (O título em francês é só para baralhar.)

Raíz quadrada

Infelizmente, há muita gente quadrada neste mundo. Não há nada a fazer, é defeito de fabrico, são assim de raíz.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Às vezes também é assim


Gente gira



David Lecomte e Agathe Vernazobres (The Kooples).

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Reler Maugham


Por acaso, no livro, não é Xangai, é Hong Kong, onde, também por acaso, já tive a sorte de ter ido e de lá ter sido feliz, com essa facilidade, leveza e fluidez que só é possível na adolescência.

The Painted Veil


de John Curran (2006)

Xangai dos anos 20 e personagens de Somerset Maugham. Fotografia notável. O calor. Calor. A luz. No quarto dos amantes, a luz dourada, filtrada pelas persianas de uma janela, sombras quentes projectando-se no chão. Tal como quando se lê a Indochina da Marguerite Duras.
Um piano desafinado que encurta a distância entre duas pessoas. O duelo psicológico, temperado pela fleuma britânica, entre mulher adúltera e marido punitivo.
E no meio do mar de sentimentos paradoxais, duas fendas sócio-políticas: a fúria dos nacionalistas chineses num fragmento de império britânico, e uma epidemia e superstições.
Post reeditado