terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Não é com cantorias que a coisa lá vai

Relvas interrompido por Grândola Vila Morena
O povo é quem mais ordena. Pois. Não, amigos. Estais severamente enganados. Isso era dantes. Agora já não. Dantes, uma cantiga até podia ter muito poder simbólico e o povo também, algum poder efectivo de mudança, de reivindicação. Mas porque é que se insiste em símbolos anacrónicos, como esta canção? A crise actual não é a crise de 74. O povo actualmente não tem poder nenhum. Devia ter. Podia ter. Mas não tem. Não se pode ter poder com taxas de desemprego como as actuais, com uma precariedade e instabilidade incríveis a nível de trabalho, com a fuga de cérebros para o estrangeiro, com o sindicalismo pelas ruas da amargura, e com sobretudo com a própria falta de cidadania e de consciência cívica e política que grassam por aí. Não só o povo não tem poder nenhum, como, com cantorias, ainda se dá oportunidade ao Relvas de poder gozar com a situação (como gozou, é só ver o vídeo). O caminho para a solução não sei bem qual é, mas se calhar não passa pela estrada de Grândola.

2 comentários:

  1. Por esta altura já começo a achar q o caminho já só passa por um tanque a passar por cima do Relvas e do Passos, aliás do governo em geral.

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  2. Se for preciso, eu posso conduzir o tanque :)

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