terça-feira, 30 de julho de 2013
quinta-feira, 11 de julho de 2013
terça-feira, 9 de julho de 2013
Impressão
Acaba por ser raro eu passar por lojas chinesas, mas hoje fui comprar uma coisa a uma delas.. A loja atafulhada, pouca luz, o calor intenso, uma família chinesa com várias gerações ali dentro da loja, adultos, velhos, uma criança de colo, todos riem, em alegre algaraviada, a criança é o centro das atenções. O quadro era tão banal, e contudo tão forte, que, de repente, estamos em meados dos anos 90, em plena monção, e eu estou em Macau, há muita gente (sempre muita gente), há movimento, há energia, o ambiente é estranho mas agradável e cheio de vivacidade, e eu estranhamente sinto-me bem, sinto-me em casa, há um contentamento que me invade. Deixo a loja emocionada e, interiormente, agradeço em cantonês.
sexta-feira, 5 de julho de 2013
quinta-feira, 4 de julho de 2013
Cartilha de Petra
Namorou com o James Blunt, o que, só por si, dispensa comentários (o facto de ele lhe ter enfeitado a testa é insignificante ao pé de ela ter de ouvir aquela voz esganiçada e choramingona a cantar).
Anos antes, morreu-lhe um namorado na Tailândia, na tragédia do tsunami (recado para a Rhonda Byrne: isto é prova de que o Universo anda trocado, mais valia ela ter levado o James Blunt para a Tailândia).
Já esteve noiva de um outro indivíduo, e houve alguns tropeções no caminho atribulado que leva ao altar, pois romperam poucos meses antes do casamento.
Como se não bastasse, actualmente namora com o Sean Penn. Mas, como uma desgraça nunca vem só (nisto a Rhonda Byrne parece acertar), já é a segunda vez que namora com o Sean Penn.
Bom, tudo isto apenas para dizer que a rapariga, tem atribulações, mas diz umas coisas muitíssimo simples, e as coisas simples costumam ser as mais acertadas. Diz ela, numa entrevista, que duas pessoas podem ter origens muito diferentes, mas descobrir que caminham no mesmo sentido.
Isto é ridiculamente simples, mas tremendamente acertado. Boa sorte, Petra. A sério.
quarta-feira, 3 de julho de 2013
A crise política e o enjôo de movimento: paradoxos
Soube da notícia da demissão do Portas no pára-arranca de final de tarde, numa auto-estrada, sentada no banco detrás do carro. O cenário pré-notícia não era promissor para mim: pára-arranca+banco detrás = enjôos e vómitos. De modo que, já estava eu munida de saquinho de plástico do vómito, agoniadíssima (e a pensar como é que iria dizer aos meus colegas que tinham de parar o carro porque eu ia vomitar), eis senão quando ouvimos na rádio a notícia. Ora, paradoxalmente, em vez de se agravarem, passaram-me logo os enjôos. Devo esta ao Portas.
O Verão segundo Slim Aarons
De facto, ninguém captou melhor a calidez, a cor, o brilho, da estação estival do que o Slim Aarons.
Durante as próximas semanas vou colocar aqui algumas das suas fotos, porque são realmente contagiantes (até para uma adepta incondicional do Outono/Inverno, como eu).
E porque Verão sem Itália, sem Grécia e sem Mediterrâneo, não é Verão.
terça-feira, 2 de julho de 2013
Sempre a aprender
Ainda acerca dos caracóis: os meus amigos são os melhores do mundo. Alguns também são adoravelmente geek. Fiquei a saber, naquela tarde, que os caracóis, além de deliciosos, são criaturas com exoesqueleto.
segunda-feira, 1 de julho de 2013
Eis algo que não se exporta facilmente
O humor português não é universal, nem transversal, nem coisa que se pareça. Sobretudo o do Ricardo Araújo Pereira e do Gato Fedorento.
Ontem à tarde, na Globo, o RAP estava num programa brasileiro de domingo à tarde. Em vez de achar piada, fiquei quase envergonhada. Começando pela forma de falar: o RAP teve, naturalmente, de falar mais devagar, mas mais parecia neurasténico, de tão lentificado que era o discurso. O humor, que costuma ser tão politicamente português, tão acutilante e certeiro, tão genial, ficou transformado em meia dúzia de piadas básicas e previsíveis. E, pior ainda, todo aquele ambiente descontraído dos brasileiros, contrastava impiedosamente com o fatinho e a gravata com que ele se farda. Simplesmente, não se enquadrava ali.
Compreendo que RAP, Markl, Manzarra e todos esses, tenham de se lançar em novos mercados, nomeadamente, no Brasil: é o que está toda uma nova geração a fazer. (Até porque em Portugal, qualquer dia já não espaço nenhum para o humor, que isto não está para brincadeiras.) Mas, nessa diáspora, os artistas portugueses irão, pelo caminho, perder muitas qualidades que só são verdadeiramente apreciadas cá dentro. (Imagino quando tiverem de se lançar em Angola.)
Ontem à tarde, na Globo, o RAP estava num programa brasileiro de domingo à tarde. Em vez de achar piada, fiquei quase envergonhada. Começando pela forma de falar: o RAP teve, naturalmente, de falar mais devagar, mas mais parecia neurasténico, de tão lentificado que era o discurso. O humor, que costuma ser tão politicamente português, tão acutilante e certeiro, tão genial, ficou transformado em meia dúzia de piadas básicas e previsíveis. E, pior ainda, todo aquele ambiente descontraído dos brasileiros, contrastava impiedosamente com o fatinho e a gravata com que ele se farda. Simplesmente, não se enquadrava ali.
Compreendo que RAP, Markl, Manzarra e todos esses, tenham de se lançar em novos mercados, nomeadamente, no Brasil: é o que está toda uma nova geração a fazer. (Até porque em Portugal, qualquer dia já não espaço nenhum para o humor, que isto não está para brincadeiras.) Mas, nessa diáspora, os artistas portugueses irão, pelo caminho, perder muitas qualidades que só são verdadeiramente apreciadas cá dentro. (Imagino quando tiverem de se lançar em Angola.)
Está aberta a época de Verão
Tratei da cerimónia oficial de abertura ontem à tarde. Cumpri o ritual dos caracóis. O pano de fundo tem de ser sempre à beira mar ou à beira rio. Confere.
Mesmo que, numa mesa com amigos, tenha sido eu a única a tratar vorazmente desta iguaria. E a ter de responder às mesmas perguntas pertinentes de sempre: "Mas afinal a que é que isso sabe?", "E isso é cozinhado com quê?", "Posso experimentar também? Ai, não, não tenho coragem". Uma pessoa do sul no meio de gente que não é do sul.
Mesmo que, numa mesa com amigos, tenha sido eu a única a tratar vorazmente desta iguaria. E a ter de responder às mesmas perguntas pertinentes de sempre: "Mas afinal a que é que isso sabe?", "E isso é cozinhado com quê?", "Posso experimentar também? Ai, não, não tenho coragem". Uma pessoa do sul no meio de gente que não é do sul.
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