É bastante conhecida a tendência que muitos portugueses têm de encontrar coisinhas perdidas e de se apropriarem logo delas, e de se orgulharem disso. Isto explica o que aconteceu no Inverno passado quando deixei cair uma (uma só!) luva na rua (e nem sequer foi no chão de Lisboa). Passados menos de 10 minutos voltei ao local, e a luva, que era boa e em pele, tinha desaparecido. Nem sequer foi entregue num dos cafés ou restaurantes das redondezas, nada. Foi levada por algum Artur Semedo desta vida. E eu pergunto: o que é que alguém faz com uma só luva desirmanada? Pois. Lá está. Somos um país um bocadinho desonesto (e, pelos vistos, um país de manetas).
quinta-feira, 26 de setembro de 2013
Lisboa: uma das cidades mais desonestas do mundo (no país do Artur Semedo)
Deparei-me hoje com Lisboa no destaque de uma notícia curiosa do The Telegraph. Ora isto não costuma acontecer por boas razões. E, realmente, não eram boas razões. Trata-se de uma das cidades mais desonestas do mundo. E explicam: jornalistas americanos fizeram uma experiência em várias cidades do mundo com carteiras "perdidas" (propositadamente) para ver se alguém as devolvia. A Finlândia foi o país onde as carteiras foram todas devolvidas (um país escandinavo, what else is new?). Em Portugal, ou melhor, em Lisboa, só UMA foi devolvida (por um casal... holandês). A experiência envolvia outras cidades como Budapeste, Mumbai e Nova Iorque: independentemente do rigor desta experiência jornalística, isto talvez dê que pensar.
É bastante conhecida a tendência que muitos portugueses têm de encontrar coisinhas perdidas e de se apropriarem logo delas, e de se orgulharem disso. Isto explica o que aconteceu no Inverno passado quando deixei cair uma (uma só!) luva na rua (e nem sequer foi no chão de Lisboa). Passados menos de 10 minutos voltei ao local, e a luva, que era boa e em pele, tinha desaparecido. Nem sequer foi entregue num dos cafés ou restaurantes das redondezas, nada. Foi levada por algum Artur Semedo desta vida. E eu pergunto: o que é que alguém faz com uma só luva desirmanada? Pois. Lá está. Somos um país um bocadinho desonesto (e, pelos vistos, um país de manetas).
É bastante conhecida a tendência que muitos portugueses têm de encontrar coisinhas perdidas e de se apropriarem logo delas, e de se orgulharem disso. Isto explica o que aconteceu no Inverno passado quando deixei cair uma (uma só!) luva na rua (e nem sequer foi no chão de Lisboa). Passados menos de 10 minutos voltei ao local, e a luva, que era boa e em pele, tinha desaparecido. Nem sequer foi entregue num dos cafés ou restaurantes das redondezas, nada. Foi levada por algum Artur Semedo desta vida. E eu pergunto: o que é que alguém faz com uma só luva desirmanada? Pois. Lá está. Somos um país um bocadinho desonesto (e, pelos vistos, um país de manetas).
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1) a luva pode ter voado pra debaixo dum carro
ResponderEliminar2) ha 15 dias deixei o meu iphone em cima do balcão do cinema ali ao pé da igreja de alvalade e o senhor do bar viu e guardou-o e deu-mo logo a seguir assim q eu perguntei se alguém tinha visto um telefone. A colega tinha-o visto em cima da mesa e guardado pra devolver a quem fosse.
3) Bali entra nesse concurso? É que lá são manetas mas é se roubarem e eu deixei cair a minha carteira e nunca mais a vi!!
4) Itália tb está nessa lista? Já experimentaste ter uma carteira na mão em Nápoles? Segundos amiga, segundos!
Não digas mal do Tuga, a sério que o Tuga não merece. É um país cheio de chico-espertos o que me irrita solenemente, e de gajos corruptos e desonestos, mas isso nao se mede por uma carteira na rua :)
Em frente à minha casa em Braga, ou nas escadas do prédio, era mato a qtdd de carteiras lá abandonadas e foram sempre todas devolvidas à polícia :)
Beijocas!
Minha querida: a luva foi levada por alguém, I'm pretty sure :)
ResponderEliminarDe qualquer forma, o que achei mais curioso é que a notícia não fala de assaltos nem de criminalidade: fala de cidadania, da percepção que temos do que é o dever para com o outro e de honestidade. E o que é mais triste: isto é divulgado em jornais estrangeiros, e ajuda a formar a opinião que têm de nós.
É claro que Portugal está cheio de gente com bom coração, que temos muitas qualidades, que temos tanta coisa boa - e é por tudo isso que eu, se puder, só sairei de cá em último dos últimos casos. Adoro Portugal e os portugueses (agora pareço os brasileiros a falar). ;)
Mas gosto de ver as coisas em que podíamos melhorar. E, na minha opinião, em Portugal a fronteira entre o que é "meu" e o que é "nosso" e o que é "dos outros", às vezes está pouco definida. E isso vê-se nas pequenas coisas, na luva, na carteira, no dinheiro que se encontra no chão, etc, etc. E lá que nisso somos muito diferentes dos finlandeses, isso somos.
Conheço malta (da nossa idade) que foi à Suécia de férias. Sabes qual foi um dos comentários? "Eles, nas localidades mais pequenas, colocam coisas à disposição das pessoas à porta das casas e dos cafés e ninguém as leva!". Como se fosse uma grande surpresa...
O tuga não é só chico-esperto, linda, é um bocadinho aquela do "Ninguém reclamou, é meu e não me custou nada!" (e dito com orgulho!). E acho que a crise veio agravar muito esta tendência...
Beijinhos, bom fim de semana!! ;)
Não te tiro a razão, mas sou completamente contra a pôr os nórdicos num pedestal, sejam eles Suecos, Finlandeses, Dinamarqueses ou Holandeses. Nunca conheci um deles que fosse mais educado que 50% da população Portuguesa e não acho DE TODO que sejam mais cívicos do que nós, têm é regras mto mais apertadas pra tudo, inclusive pra emigração que recebem, se é que me entendes.
ResponderEliminarNo outro dia estive em casa duma amiga em Alcácer do Sal que tinha as chaves de casa do lado de fora da porta. A porta de casa estava sempre aberta. Aqui as pessoas deixam os carrinhos de bébé, as botas, os casacos, tudo no corredor e ninguém rouba nada, mas isso é pq estes gajos nao sabem o que é ser roubados, tal como a minha amiga não sabe e vive em PT. No entanto os vizinhos todos dela têm alarmes na porta, e eu, guess what, agora também.
Eles têm tradições como nós, mas pensar que estas almas são caridosas ou mais altruístas que nós, é um erro crasso, mtooo crasso. Não é uma questão de achares que somos todos bons ou maus, é achares que os outros povos são melhores ou mais civilizados que nós. É que esquece! Apesar de tudo, nós somos mto civilizados! Chicos-espertos e de olho gordo sempre nas coisas do alheio, mas óóóó, dez a zero em educação e ajuda ao próximo!
bjinhos!