quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
domingo, 7 de fevereiro de 2010
E se enfiassem o "desconto" e o "amor" pela outra extremidade do tubo digestivo acima?
Recebido ontem, por sms, de uma conhecida clínica de estética:
"O amor está no ar. Surpreenda a sua cara metade com 20% de desconto em todas as compras até 28/02/2010".
sábado, 6 de fevereiro de 2010
Um tanto vazia
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
Globalização

Ok, eu aceito que os Rubrik Applad e os Ektorp entrem pelas nossas casas adentro, e que o Ingvar Kamprad nos inunde com mobiliário a baixo preço.
Aceito que globalizem o design nórdico e que exportem o conceito escandinavo de conforto doméstico.
Mas, sub-repticiamente, impingirem-nos no IKEA salmão com funcho ou arenque fumado (e outras porcarias que se comem na Suécia) num país como Portugal, cuja gastronomia é das melhores do mundo, acho que é uma ambição descarada, que eu considero um insulto. E lanço um apelo ao boicote.
Há coisas cujo prazo de validade expira muito antes
Agora a sério. Penso que alguns homens deveriam saber coisas básicas. Tais como: se, depois de conhecerem uma rapariga, só lhe telefonarem 6 (seis, SEIS!) meses depois, arriscam-se seriamente a levar um corte (mas daqueles grandes, memoráveis, antológicos).
WITH PATIENCE
"There was a time when I thought that, with patience, you might be moulded into something worth while."
Carry on, Jeeves, de PH Wodehouse
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
Da série Material Girl #1
Vou acabar com os posts pseudo-políticos, porque cansam muito a minha beleza. E uma rapariga não se pode dar a esse luxo.
Liberdade de expressão

Como se já não bastasse aquela que muito me chateou da Inês de Medeiros, deputada pelo círculo de Lisboa, a receber ajudas de custos por viver em Paris, ou lá o que é.
Já estou como o Eça de Queirós: Portugal não é um país; é um local mal frequentado.
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
Jeeves/Ou de como eu adoro a simplicidade prática dos homens
Miss February
Carnaval e dia dos namorados no mesmo fim de semana, este ano. Está certo. Para quem está de fora, é tudo mais ou menos a mesma palhaçada.
A Suíça não é só para a neve, ok?
O Fórum Económico Mundial acabou ontem, em Davos. Boas notícias: parece que vai haver uma segunda edição do Fórum Social Mundial, também no Brasil. E Portugal devia mudar-se (literalmente) de armas e bagagens para o bloco das economias emergentes (o BRIC, certo?), se se quisesse safar.
domingo, 31 de janeiro de 2010
Marketing grátis
Venho a saber por terceiros que certas pessoas - com quem tenho laços de amizade muito antigos - dizem tão bem de mim (claramente turvadas pelo carinho que me têm ou pelo grau de alcoolémia do momento) que chega a ser comovente. Ou seja, vendem tão bem o produto, que espero que, mais tarde, não os denunciem à DECO por publicidade enganosa.
Noite de poker
Dou por mim a pensar que, em questões sentimentais, o truque, no fundo, é também saber ir dizendo check ao longo do tempo, sem sair do jogo, até que tenhamos a grande e improvável sorte de um royal flush.
sábado, 30 de janeiro de 2010
Equilíbrio de forças
Quando o aspecto exterior é um íman, pode usar-se a personalidade como um filtro.
Cortes orçamentais
Há um pequeno país onde os cortes nas despesas começam sempre na função pública, nunca começam pelo desbaste das mordomias e privilégios da classe política.
Se os membros do Governo fossem de metro para os seus gabinetes, todos os dias, como na Suécia, poupava-se que era um encanto. Ah, mas é claro. Os países escandinavos são países muito estranhos, onde há ministras que se demitem porque se descobriu que não pagaram à babysitter dos seus filhos, há não sei quanto tempo atrás. Gente mesmo muito esquisita.
Ternura

"Ele possuiu-a docemente e sentiu um fluxo de ternura que partia das sua entranhas e se transmitia à mulher, os dois em estado de paixão.
E compreendeu que era aquele o seu dever: um contacto terno com ela, sem que nada do seu orgulho, da sua dignidade e integridade de homem fosse afectado."
O Amante de Lady Chatterley, D.H. Lawrence (1928)
Mau perder
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
Mas antes isso do que loba em pele de cordeiro
Indicaram-me uns tops feitos de tecido muito fino, que se moldam ao corpo na perfeição, adequados ao exercício físico, e que, no país de origem, lhes chamam "pele da loba".
No vestuário feminino, tal como na vida, há ironias muito boas.
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
Sintomas de privação
Há muito tempo, quando ouvia alguém falar sobre uma actividade ou desporto que praticava e de como isso o/a fazia esquecer-se dos problemas, abstrair e aguentar tudo o resto, eu ficava indiferente.
Uma vez fiquei um mês sem ir às aulas de dança. Já não consigo passar uma semana.
Na terra do Bob
Amizade em diferentes quadrantes

Já me habituei a evitar palavras como "pretos", "ciganos", "maricas", etc. quando estou com eles. Agora, opinarem sobre destinos de férias é que não.
A igualdade e a tolerância começam com as práticas (e não tanto com o vocabulário). E, nisso, estou com absoluta consciência tranquila, porque tenho-as como princípios fundamentais de cidadania.
Aliás, o essencial (nunca me canso de dizer) é a coerência entre as práticas e as convicções.
Portanto, aconselho a esquecerem as férias burguesas dos outros durante um belo passeio na Coreia do Norte. Lá é que se deve estar bem.
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
Mas foi bom rever Keanu Reeves, Winona Ryder, Monica Belluci e Julianne Moore (com spoiler)
domingo, 24 de janeiro de 2010
Estratégias militares e (que se lixe) abordagens amorosas
sábado, 23 de janeiro de 2010
Lisa Ekdahl VS Herbie Hancock
Sim, eu já sei que há jazz para gajas e jazz para gajos.
E não posso fazer nada, porque nasci com cromossomas XX e não me dá jeito nenhum agora substituir um deles por Y.
Eh pá, foi a melhor solução terapêutica que encontrei
Camuflagem urbana
Perguntam-me como é que, tendo já viajado tanto, nunca tive grandes peripécias que costumam acontecer a turistas.
Pois é precisamente isso. Tento não parecer turista, para não ser enganada por taxistas, roubada nos preços, etc. E é por isso que vêm sempre falar comigo nos idiomas locais dos países onde vou.
Não tem truque nenhum. Gabardine e sabrinas em França, saia comprida e écharpe leve sobre o cabelo em países muçulmanos, trapos muito estilosos em Itália, 3 quilos de maquilhagem na cara em Espanha, and so on, and so on.
É tudo uma questão de nos camuflarmos com as paisagens humanas.
Voodoo people
Já não ia a um concerto de música muito pesada há muitos anos (aburguesei-me e comecei a usar sapatos altos e assim).
Mas tinham-me falado daquilo de tal maneira que, quando entrei na sala do concerto imaginava que me ia deparar com um cenário dantesco, preparei-me para entrar a antecâmara da morte, e pensei, ao passar pela revista dos seguranças, "Vou morrer, adeus mundo cruel".
No fim, adorei, e realço apenas a fauna muito diversificada que afluíu ao concerto, e que os miúdos de hoje em dia ouvem os mesmos grupos que eu ouvia, na minha adolescência nos meados dos anos 90.
Enfim, foi como quando andei de metro à noite em Praga ou quando entrei num bairro pobre em Havana. Toda a gente me prevenia para não ir e mesmo assim dei um passo em frente, e fui.
Deixem lá de me meter medo, pá.
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
Teoria da Utilidade Marginal
Nos rudimentos da aprendizagem das ciências económicas (*cof, gasp, blherc*) aprendemos, de acordo com esta teoria, que há uma determinada utilidade adicional que se consegue com o consumo de uma quantidade adicional de um determinado bem.
Quando aprendi isto na faculdade, ainda não suspeitava que esta lei também se pode aplicar com sucesso às alturas em que estamos demasiado tempo com alguém que não gramamos.
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
Um dia perfeito
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
Chanel (parte II)
Boy

Coco Avant Chanel (2009)
Gabrielle "Coco" Chanel começou a vida num orfanato, foi para Paris cantar em cabarets com a irmã, e, ainda muito jovem, teve um amante mais velho através do qual conheceu um jovem aristocrata britânico, Arthur "Boy" Capel, que veio a ser um dos grandes amores da sua vida. Ele era casado. E morreu prematuramente na sequência de um acidente de automóvel.
Sempre preferi histórias verídicas às ficcionadas. As vidas dos outros também não são perfeitas.
domingo, 17 de janeiro de 2010
Still got it
I'm NOT a head turner in CPH*
Coisa que começou por me irritar solenemente. Mas, como há que assumir os nossos fracassos com (algum) humor, depois, deu-me para filosofar sobre os dinamarqueses, esses gajos de sangue aguado de cuja virilidade comecei a duvidar seriamente, como aconteceu aqui, aqui e aqui.
*Com os devidos direitos de autora e dedicado à Luna.
sábado, 16 de janeiro de 2010
De Paris, com glamour (não, não ia dizer "com amor")
A onda que se ergueu no mar
Podia ser música, Tom Jobim, bossa nova, mas é apenas um desejo (frustrado).
quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
Filosofia de ponta, ou o segredo da vitória (Post reeditado)

Toda a mulher - no matter idade, peso ou estado civil - devia ter um conjunto destes ou similar. Nada daqueles "girinhos" da Oysho ou da Women's Secret, é mesmo destes luxuriantes, exuberantes. Mesmo que mais ninguém veja (se virem, tanto melhor).
Da Victoria's Secret (o conjunto da foto é um dos meus preferidos). É caro. Óbvio que é. Mas a auto-estima, poder e elegância que dois magníficos trapos (sem contar com as asas) destes podem dar não têm preço.
Por exemplo, haverá coisa mais sexy que ler a Crítica da Razão Pura de Immanuel Kant ou a Fidelidade Feminina de Soren Kierkegaard envergando um adorável deux-piéces como o da fulana desta foto? Não há.
(A menos que sejam, filosoficamente, fãs da dialéctica hegeliana. Aí, haja paciência, não há Victoria's Secret que vos valha.)
Podem consultar mais colecções da VS aqui.
Os leitores do sexo masculino podem saber mais sobre Kierkegaard aqui.
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
Nobel
domingo, 3 de janeiro de 2010
Descaramento e eterno retorno
Como quem não quer a coisa, volto a escrever no blog, com a maior cara de pau. Reactiva-se o blog, retomam-se catarses, recomeça-se. Uma e outra vez. Não era o Nietzsche que falava no eterno retorno? Esse cabrão não fazia ideia do quanto isto custa (e demora).
O fim da pausa
Após quase dois anos de pausa: para, entre outras coisas, terminar uma tese, preparar a defesa e enfrentar o júri, passar pela Jamaica, fazer uma mudança de casa, e, claro, ainda arranjar tempo para um sortido de desventuras sentimentais várias.
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
Homónimas
Uma amiga telefona-me, entre o gozo e a preocupação, ao ver o meu nome escrito na capa da FHM.
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
Players only love you when you're playing
Ou de como há pessoas que são mestres em inverter o jogo, adulterar-lhe as regras e revertê-lo a seu favor.
terça-feira, 8 de setembro de 2009
Handle with care
Uma frase inscrita nas caixas de encomendas de coisas frágeis, que cabia na perfeição se escrita na minha testa.
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
O épico feminino
A entrada nos 30 pode ser considerada como uma dobragem do Cabo da Boa Esperança ou do Cabo das Tormentas. Depende da sorte de cada um. Eu não sei ainda qual deles me calhou, só sei que já me cruzei com muitos Adamastores.
terça-feira, 25 de agosto de 2009
Temporalidade (Post reeditado)
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
terça-feira, 21 de abril de 2009
Círculos virtuosos (ou: do Evangelho de S. Mateus)
A felicidade funciona em bola de neve.
Infelizmente, as tristezas também.
Infelizmente, as tristezas também.
quarta-feira, 15 de abril de 2009
domingo, 9 de setembro de 2007
A masculinidade nórdica (3)
O nórdico e a paternidade. Eis um dos meus capítulos preferidos. O nórdico não é educado para evidenciar a sua macheza afastando-se tanto quanto pode da esfera doméstica e da puericultura. O nórdico não parece entrar em pânico, nem ver a sua virilidade posta em causa, se gozar tranquilamente a licença de paternidade em casa, se mudar sozinho a fralda da criança no parque. Não vai a correr, desajeitado e assustado, devolver ao universo feminino a criança que chora. Responsabiliza-se, e assume sem complexos os cuidados paternais, sem a rigidez embaraçada do português.
A masculinidade nórdica (2)
Sendo pouco jactante, o homem nórdico não olha muito para as mulheres que passam. Como uma vez alguém disse: “o sueco não olha muito para a sueca”. Indefectível virtude, pois não fazem as figuras de tarados que os latinos fazem por aí fora, transbordando de baba sempre que vêem um rabo de saia. Não. O nórdico é suave e discreto. Aparentemente indiferente, inacessível. Aparentemente. E, se não olha ostensivamente para as mulheres, torna-se o companheiro perfeito: evita o desconforto de sermos preteridas nas suas atenções quando uma fulana qualquer passa na rua. A isto eu chamo «civilização».
A masculinidade nórdica (1)
Coloquemos já os pontos nos ii: o nórdico é frio. Mas ao mesmo tempo é, em geral, encantadoramente bonito, alto, magro e elegante. Ao contrário do português que (ainda que com honrosas excepções) é feio, atarracado e de compleição grosseira. As feições do nórdico são harmoniosas e agradáveis, ainda que quase me façam cair no cliché "anjos de Botticelli".
Agora sem rodeios líricos: os gajos são, na generalidade, podres de bons. Só não acredita quem nunca saiu do cantinho à beira mar esquecido.
Agora sem rodeios líricos: os gajos são, na generalidade, podres de bons. Só não acredita quem nunca saiu do cantinho à beira mar esquecido.
quinta-feira, 30 de agosto de 2007
sexta-feira, 24 de agosto de 2007
quinta-feira, 23 de agosto de 2007
segunda-feira, 20 de agosto de 2007
Um outro Verão
terça-feira, 14 de agosto de 2007
Da relação entre a época estival e os padrões de religiosidade da população masculina
Indicador: frequência com que uma rapariga em território português deixa atrás de si um lastro de suspiros de inspiração cristã: "Jesus...", "Meu Deus!", "Noooooossa Senhora".
segunda-feira, 13 de agosto de 2007
sexta-feira, 10 de agosto de 2007
Girl's best friend
O melhor amigo referira-se a ela, há vários anos, como um diamante em bruto. Julgou, ao tempo, entender o que isso significava. Tanto quanto actualmente estavam, ambos, conscientes de uma (eventualmente perturbadora) lapidação.
quinta-feira, 9 de agosto de 2007
O Islão não é todo igual

Bourgeoisie II
Bourgeoisie I
segunda-feira, 6 de agosto de 2007
Metáfora da trave

Exímia nos movimentos. Isometria e perfeição. Todo o gesto articulado, corpo anguloso, numa precisão milimétrica. Sem lugar para um passo em falso. A um tempo, forte e frágil. O corpo, uma haste flexível.
Rigidez: a expressão facial fechada, na tentativa de superação de si mesma. Cabelo severamente aprisionado em elásticos e ganchos. As mãos ressequidas, mergulhadas em pó. A adiada feminilidade concentrada na maquilhagem exagerada. Fato justo e reduzido: invólucro brilhante para um pequeno corpo musculado, deformado, peito liso – o corpo como tela das opções de uma vida; uma escolha vincada no corpo.
Na excelência, o seu auge é breve. Aos vinte anos será velha. A trave estreita (demasiado estreita) é o palco do seu equilíbrio acrobático e precário.
quarta-feira, 1 de agosto de 2007
Dramaturgia
Sábado à noite, o teatro recomeça. Apagam-se marcas de lágrimas e de noites insones, para se reacender a luz do rosto. E desfila-se por aquele palco, e recebe-se um Estás tão bem e capta-se um Quem é a tua amiga, e não é que a tristeza desapareça milagrosamente. A maquilhagem é que é um prodígio miraculoso posto ao serviço da rapariga moderna – e de toda a mise-en-scéne social de sábado à noite.
Profecia
Em pequena, vaticinaram-lhe que, quando crescesse, ia partir corações; quando o tempo chegou, os esquemas amorosos em que se meteu revelaram-se, sem glória, meros quebra-cabeças.
Indoor girl
Muitos namoros começam e acabam dentro de carros: eles são, enfim, muitas vezes, locais de encontro e de despedida. Pontos de partida e de chegada. Alfa e ómega de episódios (mais ou menos duradouros) de afectividade.
Que há quem enjoe em automóveis em movimento, é um facto. Que eu sou uma dessas pessoas, é verdade – relacionar isto com o assunto do parágrafo anterior é que já será talvez um exercício pernicioso.
Que há quem enjoe em automóveis em movimento, é um facto. Que eu sou uma dessas pessoas, é verdade – relacionar isto com o assunto do parágrafo anterior é que já será talvez um exercício pernicioso.
Heart Shaped Box (II)
Solícita, a amiga da pérola do Atlântico, tentou, ao telefone, auscultar-lhe o estado emocional:
- Então e esse coração?
- Removi-o cirurgicamente.
- Então e esse coração?
- Removi-o cirurgicamente.
Heart Shaped Box (II)
Solícita, a amiga da pérola do Atlântico, tentou, ao telefone, auscultar-lhe o estado emocional:
- Então e esse coração?
- Removi-o cirurgicamente.
- Então e esse coração?
- Removi-o cirurgicamente.
Do tempo, quando cristaliza
Ele trocava palavras breves com o amigo comum. Alheada da conversa entre os dois, ela olhava em redor. Distraída, voltou a olhá-lo, por acaso: apesar da conversa deles, do alto da sua estatura, os olhos fixos nela.
Crush on you 3
Era um pequeno fraco que tinha por aquela pessoa. E, como era um fraco, a coisa não lhe durou muito.
Desmistificar Copenhaga
- simpatia (apesar de civilizados, os dinamarqueses são frios, distantes – e muito pouco pacientes com estrangeiros em geral)
- frio (lá fora, quase não se sente porque é seco; dentro de casa, costuma estar um calor infernal, tudo é aquecido, mesmo no Verão)
- lixo (também o há no chão de uma capital escandinava)
- trânsito (pouco: o desagradável efeito visual e sonoro do trânsito é substituído ou mitigado por milhares de bikes nas ruas)
- comida (hum… eu já tinha mencionado a frugalidade nórdica?...)
Crush on you 2
Ela sabia que ele não sabia que ela sabia. Com esse trunfo na mão, observava-o de longe, discreta e divertida. Tacteava-lhe a consistência, tomava-lhe o pulso, radiografava-lhe a estrutura. Cronometrava-lhe a brevidade do entusiasmo.
Crush on you 1
Não sabia como abordá-la. Ficava intimidado com aquela presença luminosa. Como estratégia de compensação, massacrava-lhe a amiga, involuntariamente convertida em Cyrano de Bergérac via SMS.
Embaixatriz
Gostava da ideia de que todo o estrangeiro é representante do seu país. Os locais olham-nos como uma amostra do nosso povo, ainda que esteja longe de ser representativa. Enquanto estava nesse papel sentia, portanto, a responsabilidade. Já de volta, sabia que tinha levado a missão diplomática a bom porto.
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