Há sempre qualquer coisa estranha no ar, indefinível, quando dois seres de sexos diferentes se encontram para um programa qualquer (diurno), e paira uma certa ambiguidade sobre se se trata de algo que dois amigos/conhcecidos fazem - em torno de um interesse comum - ou de uma "possível futura relação" em potência.
E há qualquer coisa entre o deprimente e o cómico ao presenciar os esforços (será?) da outra parte. A forma monocórdica como fala interminavelmente do trabalho (para estabelecer uma fronteira de intimidade, como quem diz, "olha, estou a falar contigo de coisas sérias e importantes para mim"). A forma estudada como se escolhe determinados temas de conversa e determinadas palavras, calculados de forma mais ou menos cuidadosa para "impressionarem despreocupadamente".
No entanto, também há qualquer coisa de comovente ver como há certas pessoas que estoicamente tentam penetrar a nossa impenetrabilidade.
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