quarta-feira, 31 de outubro de 2012
De Genebra, com amor (ou conveniência, ou comodismo ou hábito, ou lá o que lhe chamam)
Um dia destes eu conto algumas das minhas peripécias em viagens por esse mundo fora sempre tropeçando em casamentos e noivos e o diabo a sete a toda a hora. Mas, por hoje, fica apenas a cena mais inesperada que presenciei à beira do lago Lemain, com o Jet d'Eau mesmo em fundo.
Não perca, numa cidade portuguesa próxima de si
A fantástica Zozô no melhor papel da sua vida, digno de um Oscar, em "Sorrir sempre, no matter what!", a comédia musical do ano.
A igualdade de oportunidades e de género magistralmente explicada pelo Tolan
Pronto, enfim, todos conhecemos o Tolan. E sabemos quem é o Tolan e o que o Tolan representa na blogosfera portuguesa: o Tolan é um gajo maluco, o Tolan tem pancada, é o tipo de gajo que eu penso que uma rapariga "decente" (ah ah!) não escolheria para a levar ao altar (sei lá eu, não o conheço, nunca o vi, mas é o que me parece, pronto). Mas é inegável que é um tipo fora de série, absolutamente excepcional nisto dos blogues, engraçadíssimo, inteligentíssimo e escreve como ninguém. Oh pá, e não é que o homem escreveu este post magistral que, de forma muito simples, me tira as palavras da boca? (Os homens todos deviam ler isto, porque quem melhor que um da espécie deles para argumentar o que mulheres como eu já vêm dizendo há décadas? Talvez com o amigo Tolan se convençam.)
Aqui vão alguns excertos, riam-se com gosto:
Um amigo meu está a pensar ter um filho. Pediu-me ajuda para listar os pontos positivos e negativos de se ter um filho. Os negativos são muitos.
(...)
Mas ter filhos é match point, pelo menos, é isto que digo ao meu amigo. Se os filhos não forem bonitos para se mostrar em ambientes de negócios, uma opção pode ser colar fotografias de crianças tiradas do getty images ou outro banco de imagens e colá-las no desktop para se verem no ecrã projectado naqueles segundos antes de abrir o powerpoint. Nem é preciso falar sobre isso, mas em qualquer conferência, reunião de negócios etc. causa um excelente efeito. É que ter filhos é um bocado o equivalente ao "golo de ouro" em qualquer situação de empate profissional para um homem.
- A quem vamos dar a promoção? Ao Carlos que se diverte à grande com o dinheiro que nós lhe pagamos e faz coisas fixes que nós já não fazemos há mais de uma década ou ao Norberto que é casado com uma chata que o tem preso pelos tomates e uma bebé para sustentar?
- Quem é que vai ter a reunião depois de amanhã em São Paulo sem dormir e volta no próprio dia? É Carlos que não tem responsabilidades nenhumas e ninguém que sinta a falta dele a não ser os amigos da playstation network ou a namorada boazona que com um bocado de sorte o encorna ou o Norberto que tem a bebé de cinco meses que ainda agora nasceu e passa noites em claro porque ela chora e que logo por azar tem de ir ao pediatra no dia da reunião em São Paulo?
- Quem é que vamos despedir? O Carlos que não precisa de dinheiro nenhum a não ser para os seus prazeres egoístas como andar por aí a fazer não sei o quê a vadiar ou o Norberto que tem uma criança para alimentar e vestir?
É curioso que nas mulheres isto funciona exactamente ao contrário e mesmo assim elas querem ter filhos. Em situação de empate, é sempre a solteira sem filhos que ganha.
- A quem vamos dar a promoção? À Vanessa que não tem filhos e está focada na sua carreira e ambição e bem que podia vir comigo à semana de conferências de vendas em Nova Iorque e ficávamos os dois no hilton, ou à Lucília, que tem dois filhos e que volta e meia um está doente e não pode ficar no escritório até tarde e tem de tirar férias em agosto e que deve ter algumas estrias?
terça-feira, 30 de outubro de 2012
Poppy Delevigne e as Camilas Vallejo
Fui sair à noite com o meu grupo de amigas de infância, de quem gosto muito e com quem já não estava há algum tempo. Sem isto ser nenhuma novidade para mim, era eu a única de saltos altos, a única de jeans justos, a única com maquilhagem. Em suma, quando eu saio com elas sou o bastião solitário de vestuário adquirido em cadeias de lojas ibéricas de porcos capitalistas, no meio de um conjunto de trapos indianos e túnicas e sandálias. A verdadeira amizade, de facto, é transversal a tudo. Porque é um quadro bonito de se ver: parece a Poppy Delevigne no meio de um bando de Camilas Vallejo.
sexta-feira, 19 de outubro de 2012
Cartes postales
Já ninguém neste mundo manda postais, creio eu. Qual é o sentido de enviá-los numa era de e-mails, fotografias digitais e Ipads? Não faz sentido, não é lógico, não é grátis, nem sequer é rentável.
Tive conhecimento de que um postal que enviei do estrangeiro em Agosto (!) chegara ontem (calmamente) ao seu devido destino. Muito depois de eu chegar da viagem (claro), e muito depois de termos começado a desconfiar de que se extraviara para sempre.
No rulote escreveu-se no Verão este post sobre postais que eu adorei, e que (como fiel remetente de postais internacionais desde sempre), prometi cumprir. E, pelos vistos, consegui.
Tive conhecimento de que um postal que enviei do estrangeiro em Agosto (!) chegara ontem (calmamente) ao seu devido destino. Muito depois de eu chegar da viagem (claro), e muito depois de termos começado a desconfiar de que se extraviara para sempre.
No rulote escreveu-se no Verão este post sobre postais que eu adorei, e que (como fiel remetente de postais internacionais desde sempre), prometi cumprir. E, pelos vistos, consegui.
quinta-feira, 18 de outubro de 2012
Yvoire
Pronto, e depois há aqueles dias em que estamos muito bem a passear na Suíça e nos metemos num barco para vermos mais coisas suíças e comermos coisas suíças e vermos terras suíças, e, afinal, sem sabermos, vamos parar a França. Mais precisamente a uma aldeia medieval francesa (a coisa mais cosy que já vi, a seguir a Scirmione, em Itália) e comer crepes franceses e pagá-los com euros, que saudades da nossa querida moeda decadente e em crise, que isto os francos suíços parecem dinheiro a fingir.
terça-feira, 16 de outubro de 2012
O aeroporto
Quem diria que um aeroporto de uma grande cidade (na Suíça, ainda por cima) pode ter alguns laivos de romantismo pendurados no tecto? Muito inesperado.
Que o façam, não tanto com a imagem do "Casablanca", mas com o poema de Elizabeth Barrett Browning, parece-me ainda mais inusitado.
E, no entanto, não deixa de ser interessante: o aeroporto é sempre um local de passagem, de chegadas e partidas. Um local transitório. Como o amor, se calhar.
Que o façam, não tanto com a imagem do "Casablanca", mas com o poema de Elizabeth Barrett Browning, parece-me ainda mais inusitado.
E, no entanto, não deixa de ser interessante: o aeroporto é sempre um local de passagem, de chegadas e partidas. Um local transitório. Como o amor, se calhar.
segunda-feira, 15 de outubro de 2012
De Espanha pode não vir bom vento nem bom casamento
Mas vêm, com certeza, alguns blogues engraçados. Há algum tempo "esbarrei" em três blogues que cativam desde o início e com os quais é muito fácil uma pessoa se identificar. Elas são a Mireia, a Maria José Suárez e a María León. E, embora dediquem a escrita a tópicos ligeiramente diferentes (nuns casos mais orientados para a moda, noutros para o lifestyle e viagens, noutro ainda sobre cultura, arte, etc.), partilham vários denominadores comuns: irradiam energia, beleza, elegância (mesmo muita), alegria, boa disposição e muito, muito optimismo. Tan monas!
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