quarta-feira, 23 de março de 2011

The one and only


Robert Redford e Mia Farrow, como "Jay Gatsby" e "Daisy Buchanan".

Scott Fitzgerald foi um pouco como a sua personagem Jay Gatsby, que sempre amou unicamente a sua Daisy, até ela se transformar num sonho esfumado: as fronteiras sociais sempre ensombraram este improvável par amoroso, e nem o cocktail "finanças & socialite", isto é, nem fortuna milionária nem as festas sociais deslumbrantes conseguiram recuperar a inocência perdida da juventude.

Jay Gatsby, o self made man sem escrúpulos, de negócios um pouco escuros, tem um único factor de ternura. Conservou intacta, durante cinco anos, a única coisa pura que lhe sobrou no meio de toda a ganância: o amor por uma mulher que conheceu muito jovem, e que, entretanto, se casou com outro milionário.

Para quem gosta de ver descrita com lucidez a época dourada do jazz, os frenéticos anos 20, o glamour de Nova Iorque quando havia milionários em cada esquina, champanhe, vestidos de soirée e excentricidades daquele milieu todas as noites, este é "O Livro". A Belle Époque na sua excessiva e esplendorosa decadência.

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