Ver o Anna Karenina de 1997, depois de o conhecermos na monumental versão escrita de Tolstoi, pode ser uma experiência de profunda desilusão. É certo que não é fácil adaptar uma obra literária esmagadora a duas ou três horas cinematográficas. Mas, se não é fácil, é por isso que não deveriam entregar essa missão a pessoas que não o sabem fazer com grande arte. É uma pena, porque a excelente Sophie Marceau é um desperdício ali e o seu talento e beleza são eclipsados por um argumento absurdamente adaptado e outros desastres que tais. Muito deprimente.
Entretanto, para expurgar-me da decepção Rússia imperial oitocentista, vou ali ver o Apocalipse Now, esse outro grande clássico que nunca vi (mea culpa, mea maxima culpa). E depois de ter visto há dias (e também pela primeira vez, imagine-se!) a trilogia de O Padrinho, a seguir vou ver, se me der na cabeça, o Platoon.
Estou voluntariamente a despojar-me da cinefilia girlish que costumo cultivar. O que é um esforço louvável da minha parte, há que dizê-lo.
Sem comentários:
Enviar um comentário