Uma vez, um sueco disse-me que tinha estado no Porto. Quando lhe perguntei se tinha gostado, respondeu-me que tinha achado a cidade“muito comunista”.
Depreendi que ele não estivesse a falar da atmosfera ideológica da cidade ou das gentes, mas sim de similaridades estéticas (alguma degradação e obscuridade arquitectónicas e urbanísticas) entre o Porto e algumas cidades da velha Cortina de Ferro, por oposição às assépticas cidades nórdicas.
Decidi não lhe dar conversa. Não era muito giro, enfadou-me, e eu não o quis defraudar nas (muito baixas) expectativas que certamente tinha em relação às pessoas portuguesas.
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