quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Da modéstia


Infelizmente (para mim), gosto de pessoas simples. Genuínas. Espontâneas. Sem artificialismos, nem grandes produções de show off. Gosto de gente what you see is what you get.

Digo infelizmente, porque isto é um problema, hoje em dia. Estas pessoas são raras.

Aliás, creio mesmo que a falta de modéstia é um problema geracional.

Já não é cultivada. Deveria ser inculcada na nossa educação, mas não é. Vive-se na cultura do show off, e há pessoas que submergem nela completamente.

É uma espécie de onanismo psicológico, e os outros têm de levar com os salpicos na cara, não sei se me faço entender.

Esta gente tem que mostrar aos outros desesperadamente que são bons, que são os melhores, que são espectaculares, sentem-se obrigados a esfregar na cara dos outros os seus brios, vê como tenho isto e aquilo, têm que se auto-promover, que montar uma máquina infernal de marketing pessoal e bombardear o interlocutor com as suas vitórias, as suas conquistas, as suas posses, as suas riquezas.

É pena, porque quando me deparo com este triste espectáculo, de facto, nunca detecto indícios nenhuns de pobreza. A não ser da de espírito.

7 comentários:

  1. Falsa modéstia é igualmente pavoroso. Digo eu... ;)

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  2. Esses, tolero bem; agora os outros... :)

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  3. Zôzô, concordo inteiramente contigo, excepto no "infelizmente". Ainda bem que gostas de pessoas "what you see is what you get", são as melhores :) não são competitivas, são seguras de si e não estão cá pra provar nada a ninguém. Eu gosto muito delas.

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  4. Certo. :) E acima de tudo são transparentes: não temos de estar sempre a descodificar cada palavra ou cada acção.

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  5. Também :) o que convenhamos, dá muitíssimo menos trabalho! ;)

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  6. Não Zôzo...de um ao outro venha o diabo e escolha. Isto dava pano para mangas, digo eu...

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