Das histórias ditas "de amor" reais, há sempre uma que, em certos aspectos, supera as outras, porque geradora de perplexidades. Quem sabe um pouco da biografia de Karen Blixen (nascida em 1885), sabe do que falo.
A autora dinamarquesa do romance "África Minha" e do livro de contos "A festa de Babette e outras histórias do destino" teve uma ligação, irregular, de vários anos, com o britânico Dennis Finch-Hatton. O cenário da relação amorosa foi sempre o Quénia, onde ambos viveram a dada altura. Ela era (mal) casada, dona de uma fazenda de café pouco promissora. Ele era um drifter, um aventureiro.
Depois de uma adaptação a África e a um casamento falhado, após muitas dificuldades para salvar a sua fazenda, e depois de cerca de cinco anos de ligação e duas gravidezes falhadas, Karen soube que Dennis teve um acidente de aviação fatal, em 1931. Assim. Sem mais nem menos. Karen deixou o Quénia pouco depois, nunca se voltou a casar nem teve filhos, e sagrou-se como escritora mundialmente reconhecida.
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