quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Miral






















Miral, de Julian Schnabel (2010), com Freida Pinto, Willem Dafoe, Hiam Abass e Vanessa Redgrave.


Sinceramente, estava à espera de um pouco mais neste filme. Não sei bem de quê, mas estava. De qualquer forma, será sempre um pungente testemunho real a quatro vozes palestinianas (femininas) da eterna ferida do conflito no médio oriente. E um ponto de partida para uma eventual reflexão sobre como o absurdo da guerra não é apenas fruto restrito de vectores político-militares estruturais, mas parte sobretudo de muitas circunstâncias quotidianas, no microscópico plano individual, familiar, diário, trivial.
E, como sempre no que me diz respeito à cultura mediterrânica, outros pormenores deste filme serão sempre de apreciar: a intensa luz, a paisagem seca e árida (a própria metáfora para a vida de muita daquela gente), as sonoridades e a música, e vislumbres rápidos mas vibrantes do mar. E a história (suspensa) de Hind Husseini e o Coronel Smith.


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