quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Tattoo

Eles chamam-lhe "the greatest show on earth"... Bem, talvez seja exagero. De qualquer forma, o Edinburgh Military Tattoo é um espectáculo que ninguém deve perder se estiver em Edimburgo em Agosto. É assistido diariamente por 8 mil ou 9 mil espectadores, e realiza-se todos os dias à noite (mas somente durante o mês do Festival), na entrada do Castelo de Edimburgo (a esplanade). É, isso sim, toda uma extravaganza, colorida e com muita emoção. É uma experiência diferente e passa-se duas horas muito divertidas. Fica difícil descrevê-lo, só estando lá mesmo. (Um artigo e um vídeo sobre o Tattoo 2013).


No início do espectáculo
 
Eu pensava que eram apenas actuações de bandas militares, e, entre elas, as de muitos regimentos escoceses com as inevitáveis gaitas-de-foles. Mas afinal o espectáculo também inclui actuações de grupos de música e dança de outros países. Este ano vieram da Coreia (este foi lindo), Mongólia (solene), México (giro) e Nova Zelândia (a actuação dos kiwis é muito divertida).




A maravilhosa actuação da Coreia

Também actuaram, entre outros, os inenarráveis Imps Motorcycle Display Team (miúdos entre os 5 e os 16 anos, a fazerem coreografias e piruetas impossíveis em motorizadas). O início de cada espectáculo é muito emocionante, com jogos de luz e som, e a narrativa de uma história que é contada ao longo de cerca de duas horas de espectáculo. Mas o final não é menos emocionante. Na parte final, é tocado o hino God Save the Queen, o Scottish National Anthem (o hino nacional escocês), e a conhecida canção “Auld Lang Syne” (o "hino da amizade", que toda a gente canta abraçada, e que também é típico da Noite de Fim de Ano na Escócia e um pouco por todo o mundo anglo-saxónico).



Os miúdos dos Imps Motorcycle Display
A noite não acaba sem fogo de artifício no Castelo. Nesta parte final é tudo muito comovente. Depois de todos os que actuaram nessa noite se reunirem numa grande festa em palco e tocarem ruidosamente todos juntos, dá-se um dos momentos altos da noite: as luzes no Castelo apagam-se, e ouve-se apenas o pibroch (píbroque)... ou seja, o som de uma única gaita-de foles algures na semi-escuridão, no meio de um silêncio solene. É um momento arrepiante.



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