- servir vinho quente com especiarias, nos dias frios (é uma tradição germânica, nórdica e adoptada também pelos ingleses: o mulled wine): fácil de fazer, delicioso e cai maravilhosamente bem no Inverno (tem a vantagem de não embebedar ninguém). Quis experimentar isto desde que, na adolescência, li “O Monte dos Vendavais”, para aí há três vidas atrás. No livro, algumas personagens tomavam esta bebida e a mim, jovem impressionável, pareceu-me fascinante.
- no Natal mantem-se o bacalhau, mas o peru foi reinventado: é enrolado em pasta de ameixa, azeitonas e broa, acompanhado por legumes assados e couscous (e também tâmaras) – é delicioso e dá um toque diferente e exótico.
- nos dias de Natal, sai-se, passeia-se, viaja-se. Para fora da cidade ou do país, e de preferência para sítios quentes. Não se fica em casa a fazer horrores de comida e doces que davam para alimentar um país africano durante um ano. Não. A vida é para ser gozada e celebrada e, para nós, gozar e celebrar não é comer até rebentar e depois vegetar no sofá a ver o “Sozinho em Casa” ou o “Música no Coração”.
- sopa de lentilhas no primeiro dia do ano: é uma tradição italiana/brasileira (na verdade, foram os emigrantes italianos do século XIX que a levaram para o Brasil) e o seu significado simbólico é abundância e prosperidade. E, claro, as lentilhas dão muita força (não era à toa que os egípcios as colocavam nas rações dos escravos). :)
- não há prendas, quando muito há a abertura de uma lembrança simbólica na véspera de Natal, para nos focarmos naquilo que é realmente essencial. Depois, quem quiser oferecer (poucos) presentes, aproveita os saldos e oferece-se no Dia de Reis. Isto faz prolongar a quadra festiva (para quem gosta dela, como eu), e tem muito mais sentido trocar prendas no dia que comemora a chegada dos Reis Magos. (A melhor parte: compras nos saldos, preços pela metade.)
(E portanto, para mim, este fim-de-semana de Reis, vai ser mais um fim-de-semana especial.)
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