segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Dossier praxe (3)

Em geral, penso que a praxe é injustamente vista de uma forma muito negativa. Isso deve-se, por um lado, porque muita praxe mal feita é feita em Lisboa. E, já se sabe, tudo o que é feito em Lisboa, é ampliado e grosseiramente generalizado para o resto do País. E em parte, deve-se também à comunicação social, que filtra totalmente a informação consoante o que lhe é mais conveniente (veja-se a TVI na reportagem da semana passada). É claro que os órgãos de comunicação social dão sempre mais ênfase às situações polémicas e problemáticas que as praxes acarretam, do que às praxes que se resumem a brincadeiras e convívio, razoáveis, saudáveis, divertidas e civilizadas, que fomentam a camaradagem e a integração do aluno na Academia (não é que não haja excepções, como tem acontecido em Coimbra, mas para isso é que há Conselhos de Veteranos). Obviamente, porque esta parcialidade interessa à comunicação social. É da mesma forma que, em algumas manifestações de estudantes, em vez de darem a palavra aos estudantes que tinham declarações pertinentes a fazer, só entrevistavam o estudante que tinha o garrafão na mão (que faz sempre as delícias de todos os repórteres, claro).

2 comentários:

  1. Concordo Ctg que a praxe mais tradicional e a de Coimbra mas fui pratada em Lisboa na fpul (faculdade de psicologia da universidade de Lisboa) e diverti me imenso, tornaria me próxima de muitos colegas mais velhos e das pessoas do meu ano e houve espaço para tudo desde pedi papeares para conhecer a cidade, até really tascas e jantares animadíssimos. Quem não se sentia confortável com qualquer coisa estava a vontade para não fazer. Sem stresses.

    Já antes disto tinha a ideia que as praxes violentas eram a excepção e não a regra... E pena esta visão perniciosa ...

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  2. Oh Espiral, até que enfim, um relato sereno e positivo. O que eu li hoje, por essa blogosfera fora, foi demais.
    Que bom que tiveste essa experiência, e espero que seja dessa forma que as praxes sejam entendidas e aplicadas daqui para a frente, em Lisboa e não só!

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