terça-feira, 16 de novembro de 2010

Do polvo que é a indústria farmacêutica

O Fiel Jardineiro (2005), de Fernando Meirelles.


Ficar doente em países árabes pode ser um aborrecimento. Para já, porque não se pode fazer mais nada a não ser ficar em casa a ver telenovelas do MBC arabic channel. (Não queiram ter esta experiência. São tão más, que exercem sobre nós um terrível fascínio e damos por nós viciados e a querer saber qual é a cor do hajib que a Khadijah vai usar ou se a Nahzirah se vai vingar do sogro. Ainda por cima, alguns fulanos dos Emiratos são mesmo bonitos. Hum. Adiante.)

Ah, mas não tem que ser um pesadelo. Quando se pensa que nos vão trazer um curandeiro e mezinhas feitas com derivados de camelo (tão eurocêntrica) descobre-se que afinal nos trazem um cocktail terapêutico de medicamentos da Pfizer, da Sanofi-Aventis, GlaxoSmithKline, Janssen-Cilag. E sentimo-nos logo em casa.

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